Autoridades ucranianas do porto de Odessa acusam Moscovo de o sabotar.
O Kremlin avisou esta terça-feira que as conversações para prolongar o acordo que permite a exportação de cereais ucranianos pelo Mar Negro estão em risco, enquanto autoridades ucranianas do porto de Odessa acusam Moscovo de o sabotar.
O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, citado pela agência de notícias Interfax, indicou que se vive um impasse, já que as conversações continuam "sem resultados".
"A posição da Rússia é bem conhecida. O acordo já foi prorrogado por mais dois meses, mas a janela está a se fechar. Os termos do acordo não foram totalmente cumpridos nas questões que dizem respeito ao setor agrícola russo, mas o diálogo vai continuar", afirmou.
Peskov não forneceu mais pormenores sobre a próxima reunião para tratar do tema.
"Não posso dizer nada sobre a hora nem o local. Os contactos continuam, mas para já não há resultados", insistiu o porta-voz russo.
O Acordo dos Cereais do Mar Negro é uma iniciativa firmada no verão passado entre a Rússia e Ucrânia, com a mediação da ONU e da Turquia, que visa o escoamento dos cereais e alimentos bloqueados nos portos ucranianos desde a invasão russa, em fevereiro de 2022.
Paralelamente ao acordo sobre cereais, foi também firmado um memorando para facilitar as exportações russas de alimentos e fertilizantes, mas que Moscovo diz não estar a ser cumprido.
A Rússia admite mesmo não prolongar o acordo - cujo prazo termina em 18 de maio -, caso não se verifiquem progressos no cumprimento desses compromissos, incluindo o fim dos obstáculos às exportações agrícolas e a volta ao sistema bancário internacional Swift do Banco Agrícola Russo Rosselkhozbank.
Um representante da autoridade militar do porto ucraniano de Odessa, bloqueado por forças russas no Mar Negro, acusou esta terça-feira Moscovo de "sabotar abertamente" o acordo, provocando uma fila de navios no Bósforo.
"Sabemos que a Federação Russa está a sabotar abertamente a operação do 'Acordo dos Cereais'", disse Serhii Bratchuk, chefe do conselho cívico da autoridade militar da província de Odessa, numa conferência de imprensa.
Bratchuk explicou que a alegada sabotagem por parte da Rússia -- que Kiev acusa de estar a atrasar as inspeções de navios que usam o corredor graneleiro para os impedir de entrar para carregar os cereais ucranianos -- causa atrasos aos navios que estão a carregar em Odessa, principal porto da Ucrânia.
A Rússia mostrou relutância em estender este acordo -- que ocorreu em março e para um período de mais 60 dias - que permite a saída de cereais ucranianos pelo Mar Negro, cujas águas são controladas por Moscovo desde o início da invasão russa na Ucrânia, garantindo que Kiev usou o corredor de cereais com fins militares.
A Ucrânia considera esta acusação absurda e acusa a Rússia de chantagear a comunidade internacional com a segurança alimentar mundial.
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