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Ruth Bader Ginsburg morre aos 87 anos

Juíza era uma voz ativa na defesa de temas como a igualdade de género.

20 de setembro de 2020 às 11:04

A bandeira dos Estados Unidos foi colocada a meia haste na Casa Branca em homenagem à magistrada Ruth Bader Ginsburg. A juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos morreu na sexta-feira, aos 87 anos, devido a “complicações causadas por um cancro no pâncreas”, anunciou o tribunal. Em julho anunciou que estava a fazer quimioterapia para lesões no fígado, o último dos vários sustos que o cancro lhe pregou. Desde 1999 enfrentou cinco tipos desta doença, sem nunca baixar os braços.

A jurista tornou-se um ícone, especialmente para as gerações mais jovens, por ser uma voz ativa na defesa de temas como a igualdade de género e os direitos das minorias. Ficou ainda conhecida por ser uma grande defensora dos direitos dos migrantes e das mulheres, apelidando-se como uma “feminista orgulhosa”. Afirmou-se como líder inquestionável da ala progressista do Supremo Tribunal norte-americano, conquistando admiradores em várias camadas da população dos Estados Unidos, tendo sido o primeiro membro do Supremo a manifestar-se a favor da legalização do aborto.

Poucas horas após a morte de Ginsburg, uma multidão de pessoas juntou-se na escadaria do edifício do Supremo Tribunal dos EUA, em Washington, para uma vigília em homenagem à jurista. Muitas pessoas deixaram flores e acenderam velas junto ao edifício, mas as homenagens decorreram também em outras cidades norte-americanas, como Nova Iorque, cidade natal de Ginsburg .

Também o ex-presidente Barack Obama prestou a sua homenagem considerando a magistrada como uma “litigante implacável e uma jurista incisiva”, acrescentando que deve ser lembrada por lutar até ao fim da sua vida com “uma fé inabalável na democracia norte-americana e nos seus ideais”.

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Biden quer próximo presidente a escolher juiz

“Estamos a falar da Constituição do Supremo Tribunal. Essa instituição não devia estar sujeita à política” observou Biden.

SAIBA MAIS

1993

Ano em que foi nomeada pelo presidente Bill Clinton para o cargo, tornando-se assim a segunda mulher a ser confirmada pelo Senado para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos.

Nomeação de sucessor

Com a morte de Ginsburg, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fica com a possibilidade de nomear o seu sucessor. Os conservadores têm maioria no Senado e deverão tentar que o lugar seja preenchido por um juiz alinhado com os seus interesses ainda antes do final do mandato de Trump.

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