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Sequestro e espancamento de bloguer guineense Aly Silva gera indignação nas redes sociais

Antigos jornalistas e políticos, outros bloguistas, cidadãos anónimos condenam o ato e questionam sobre o rumo que a Guiné-Bissau está a tomar.

09 de março de 2021 às 20:16

O sequestro e espancamento esta terça-feira do bloguer guineense Aly Silva está a gerar uma onda de indignação na rede social Facebook.

"O direito à integridade física não é negociável num Estado de direito democrático. Condeno absolutamente este ato ignóbil", lê-se numa mensagem publicada pelo líder do Partido da União para a Mudança, Idriça Djaló.

Antigos jornalistas e políticos, outros bloguistas, cidadãos anónimos condenam o ato e questionam sobre o rumo que a Guiné-Bissau está a tomar.

"Chovem lágrimas na Guiné-Bissau. Basta!!!", "Diferendos com jornalistas resolvem-se nos tribunais", "Não se pode raptar e espancar jornalistas por não se concordar com o que se reporta", são algumas das mensagens que podem ser lidas.

A antiga ministra da Agricultura guineense Nelvina Barreto afirma estar "chocada, horrorizada".

A mensagem é acompanhada de uma fotografia de Aly Silva, que mostra os sinais da violência de que foi alvo.

"Será este, doravante, o 'modus operandi' contra todas as vozes críticas que ousem utilizar o seu direito de expressão e manifestar descontentamento?", questionou.

Numa outra mensagem, um cidadão lembra que é fácil raptar um homem, o que é difícil é mudar a sua convicção.

O jornalista e bloguer guineense Aly Silva foi sequestrado e espancado, acabando por ser largado numa zona em Bissau.

A Lusa recebeu também informação de que o jornalista terá sido sequestrado ao início da tarde de hoje na zona entre o Centro Cultural Francês e a Empresa de Águas e Eletricidade da Guiné-Bissau, no centro da cidade.

Várias organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.

Um dos casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), segunda força política do país e que integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.

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