Abalo de 8.8 na península Kamchatka foi o sexto maior desde que há registo
Imagens impressionantes mostram ondas de tsunami a aproximarem-se da costa de Hokkaido no Japão
AP
O violento tremor de terra que ontem abalou a península de Kamchatka, na região oriental da Rússia, é um exemplo bem ilustrativo da Teoria do Caos, criada pelo meteorologista e matemático norte-americano Edward Lorenz nos anos 60, e popularizada pelo ‘Efeito Borboleta’, que na versão mais conhecida nos diz que “o bater das asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um tornado em Nova Iorque”.
O sismo, de intensidade 8.8 na escala Richter, o sexto maior desde que há registo, provocou um tsunami com ondas de 3 a 5 metros em Kamchatka e nas Ilhas Curilhas; ondas de 1,3 metros nas cidades costeiras da ilha japonesa de Hokkaido, com perto de dois milhões de pessoas a receberem ordem de evacuação; ondas de 1 a 1,2 metros no estado norte-americano do Havai, com a retirada de moradores da orla costeira; aumento do nível das águas do mar, ainda que pouco significativo, noutros estados dos EUA, como Alasca, Oregon, Washington e Califórnia. Os efeitos do abalo foram ainda sentidos, embora muito limitados, no Canadá, México, algumas ilhas do pacífico, na América do Sul (Chile, Equador, Colômbia e Ilhas Galápagos) e na América Central, caso da Costa Rica. Outros países, como a China, decretaram alerta de tsunami, mais tarde levantado.
Apesar da preocupação, não há notícias, até ao momento, de danos significativos ou vítimas mortais em nenhum dos locais onde os efeitos do terramoto foram sentidos.
O sismo ocorreu no mar, a cerca de 130 quilómetros de Kamchatka e a uma profundidade de 20 quilómetros. O abalo provocou fissuras e danos em estruturas residenciais. Registaram-se alguns feridos, mas sem gravidade. Um dos efeitos mais visíveis acabou por ser a entrada em erupção do vulcão Klyuchevskov, em Kamchatka.
O dia em que Lisboa foi engolida
Lisboa foi engolida por onda de cinco metros, em 1755, no Dia de Todos os Santos, pelas 9h40, na sequência de um dos maiores abalos de sempre. Ao terramoto devastador, seguiu-se um tsunami, que chegou mais de uma hora depois do abalo, com boa parte da cidade já destruída e incêndios por todo o lado. Nada ficou de pé.
As escalas que medem a magnitude (Richter) e a intensidade (Mercalli) dos sismos só foram criadas no século XX, pelo que não é possível situar com rigor e exatidão o terramoto de Lisboa em nenhuma delas. Mas estima-se que tenha atingido entre 8.5 e 9 na escala de Richter e entre os graus X e XI na de Mercalli. A escala de Mercalli vai até XII. A de Richter não tem limite, mas sabe-se que o máximo até hoje atingido foi de 9.5 em 1960, no Chile.
O maior tremor de terra sentido em Portugal depois do acontecimento de 1755, verificou-se em 28 de fevereiro de 1969. Teve a magnitude de 7.9, sendo o impacto maior no Algarve, já que o epicentro se localizou a 80 quilómetros de Sagres.
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