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Suspeitos fazem pacto de silêncio

Até os dois primos de Bruno que inicialmente colaboraram com a polícia mudaram de estratégia e agora recusam falar com os investigadores

19 de julho de 2010 às 00:30

Os vários suspeitos da morte da modelo Eliza Samúdio, de 25 anos, ex-amante de Bruno, guarda-redes do Flamengo, parecem ter feito um pacto de silêncio. Dos oito detidos, seis até agora não falaram e os dois primos de Bruno que inicialmente o tinham feito também se calaram.

Bruno, detido há 12 dias, só repete que se reserva o direito de permanecer em silêncio. O mesmo fizeram ‘Macarrão’, seu braço-direito e suposto idealizador do plano, a mulher do jogador, Dayane, com quem foi encontrado o presumível filho de Eliza e Bruno, e os três funcionários do futebolista também detidos. Os seis são defendidos pelo advogado Ércio Quaresma Firpe, que terá aconselhado os suspeitos a manterem o silêncio, alegando que as acusações não passam de uma fantasia da polícia, que, lembra o advogado, não apresentou a principal prova do suposto crime: o corpo.

Também o alegado executor da jovem, o ex-polícia Marcos Santos, permanece em silêncio. Já os dois primos de Bruno que inicialmente colaboraram com a polícia mudaram de postura. O menor, cuja confissão do crime levou à prisão dos demais, calou-se, segundo o seu advogado por estar psicologicamente abalado e confuso. O outro, Sérgio, que garantia que Bruno presenciara a execução de Eliza, voltou atrás e passou a ficar em silêncio. O seu advogado afirma que ele fez a acusação por nervosismo.

Apesar deste pacto, a polícia pediu à Justiça para fazer várias acareações, entre o menor e Sérgio e entre este e Bruno, mas a medida pode não resultar.

O Direito brasileiro permite a um suspeito recusar produzir provas que o comprometam e não obriga ninguém a falar.

POLÍCIA NÃO TEM DÚVIDAS

Para a polícia de Minas Gerais, o caso está resolvido. Apesar de até agora não ter sido encontrado o corpo da jovem, para o delegado Edson Moreira, chefe da investigação, os depoimentos iniciais feitos pelos primos de Bruno são consistentes. Mesmo tendo os dois passado a ficar em silêncio, o que disseram anteriormente e os muitos vestígios encontrados graças a essas informações dão o caso praticamente como solucionado. Para Moreira, a única dúvida que ainda resta é se Bruno assistiu à execução da ex-amante ou se deixou isso nas mãos dos outros suspeitos.

 

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