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Taiwan vai investir no fortalecimento de resistência face às ameaças da China

Plano orçamental ainda tem de ser aprovado pelo parlamento, controlado pela oposição.

11 de setembro de 2025 às 12:59

Taiwan vai investir 550.000 milhões de novos dólares locais (15,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual) no fortalecimento da ilha, incluindo ao nível da defesa, face às ameaças chinesas, anunciou esta quinta-feira o Governo local.

O plano orçamental ainda tem de ser aprovado pelo parlamento, controlado pela oposição.

Cerca de 150.000 milhões (4,2 mil milhões de euros) dos 550.000 milhões de novos dólares de Taiwan devem ser consagrados especificamente à defesa da ilha.

Pequim considera o arquipélago como uma das províncias da República Popular da China (RPC) e ameaça recorrer à força se Taipé declarar a independência.

Os fundos devem permitir a compra de mais navios da guarda costeira ou a produção de drones.

O objetivo é "reforçar a nossa preparação para o combate" e "garantir a resiliência operacional" face a Pequim, disse o ministro da Defesa, Wellington Koo, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Taiwan depende em grande parte da ajuda dos Estados Unidos, o principal aliado da ilha, em matéria de equipamento de defesa.

"Nos últimos anos, a China intensificou o assédio na zona cinzenta [um conceito de relações internacionais que designa táticas hostis que não se enquadram na guerra aberta] e as intimidações de ordem militar", disse Ko.

O Presidente de Taiwan, William Lai, anunciou em agosto que as despesas com a defesa deveriam atingir 5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030.

O plano implica também investir na capacidade de vigilância e reconhecimento marítimo costeiro, na introdução da inteligência artificial (IA) na área comando e gestão, e no desenvolvimento de equipamentos tecnológicos de reconhecimento noturno.

O orçamento nesta área concentra-se na eliminação da "cegueira noturna", na transformação tecnológica, na construção naval contínua e no reforço da proteção da pesca, segundo o presidente do Conselho de Assuntos Marítimos, Guan Biling, citado pela agência de notícias local CNA.

O projeto orçamental prevê também apoiar os setores mais afetados pelos impostos alfandegários de 20% impostos pelo Presidente Donald Trump, no âmbito da política geral da atual administração norte-americana.

Taiwan e a China vivem autonomamente desde 1949, quando as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek se refugiaram na ilha ao serem derrotadas pelo Partido Comunista Chinês de Mao Tsé-tung, que proclamou a RPC.

A China tem realizado nos últimos anos vários exercícios militares em torno de Taiwan como forma de intimidação.

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