Grupo TAP registou perdas de 119,7 milhões de euros no primeiro semestre, mais do que os prejuízos de todo o ano de 2018.
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O grupo TAP SGPS reportou um prejuízo de 119,7 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, contra uma perda de 90 milhões no mesmo período de 2018.
Este resultado líquido negativo do grupo, anunciado nesta sexta-feira no relatório e contas enviado à CMVM, suplanta as perdas totais do conjunto do ano passado, que ascenderam a 118 milhões.
Já a transportadora aérea TAP S.A. teve perdas menores, de 111,9 milhões de euros (ainda assim, um agravamento de 41,9% face ao prejuízo de 70 milhões no período homólogo de 2018), devido ao contributo positivo do segmento de manutenção e engenharia.
O grupo justifica estes prejuízos "principalmente pela quebra de receitas de passagens do Brasil, de 43,1 milhões de euros, e pelo aumento dos custos com pessoal, de 35,3 milhões de euros (+10,6% face ao período homólogo) em resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018".
Em maio passado, aquando da apresentação das contas do primeiro trimestre, o presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, disse que o grupo TAP mantinha a expectativa de voltar aos resultados positivos este ano, "apesar de o desempenho até março ter sido fraco, numa continuidade dos fatores do final de 2018" - meta essa que está agora mais dificultada.
Mas a empresa está confiante e acredita que os resultados de 2019 serão melhores do que os de 2018, apesar de já não falar em números positivos.
"Note-se que o resultado líquido do primeiro trimestre de 2019 foi de 110,7 milhões de euros negativos, tendo melhorado para 9 milhões negativos no segundo trimestre (que compara com 26,4 milhões negativos no período homólogo), verificando-se a tendência de recuperação", destaca o comunicado.
"A recuperação registada no segundo trimestre, com as perspetivas que o comportamento dos mercados-chave da TAP mostram para o segundo semestre, as reservas registadas no sistema da companhia e os benefícios crescentemente alcançados com a renovação da frota, deixam a expectativa de atingir este ano um resultado operacional melhor do que em 2018".
A empresa sublinha ainda que "o primeiro semestre de 2019 foi marcado por um período globalmente negativo para a aviação comercial na Europa, tendo os resultados da TAP nesse período acompanhado a tendência de decréscimo verificada nas demais companhias aéreas europeias de bandeira".
Apesar deste contexto, ressalva, "a companhia atingiu um novo recorde no número de passageiros, tendo transportado 7,9 milhões de clientes nos primeiros seis meses, um crescimento de 4,8% face ao período homólogo".
"De realçar que nos meses de julho e agosto de 2019 foi registado um crescimento de 11,5% face ao período homólogo do ano anterior, consolidando uma trajetória de recuperação iniciada no segundo trimestre", frisa.
A empresa congratula-se também com "a notável resposta do mercado na emissão obrigacionista concretizada em junho de 2019, que impactou significativamente os recursos financeiros disponíveis e que permitiu à TAP ter uma posição de caixa – indicador especialmente relevante para as companhias aéreas – mais confortável e sem precedentes próximos".
A posição de caixa no final do primeiro semestre, de 393,5 milhões de euros, e a extensão da maturidade média da dívida financeira "reforçam a capacidade da companhia para prosseguir com o seu plano de transformação em curso, que tem como um dos pilares mais importantes e exigentes o investimento na renovação da frota", diz.
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