De acordo com o ministério japonês da Defesa, o porta-aviões Liaoning navegou a cerca de 300 quilómetros do ponto mais oriental do Japão, a ilha Minamitori, no sábado.
O Ministério da Defesa do Japão revelou esta segunda-feira que um porta-aviões chinês e restante frota entraram em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) japonesa, no passado sábado, numa altura de tensões na relação entre os dois países.
De acordo com o ministério japonês da Defesa, o porta-aviões Liaoning, dois contratorpedeiros de mísseis guiados e um navio de reabastecimento rápido navegaram a cerca de 300 quilómetros do ponto mais oriental do Japão, a ilha Minamitori, no sábado.
De acordo com um comunicado, depois de o Liaoning e os navios que o acompanhavam terem deixado a ZEE japonesa, realizaram no domingo exercícios de descolagem e aterragem de caças e helicópteros.
O ministério da Defesa japonês disse que destacou um navio para a zona, de forma a acompanhar a situação.
Esta foi a primeira vez que um porta-aviões chinês entrou nesta parte da ZEE do Japão no oceano Pacífico, disse um porta-voz do ministério à agência de notícias France-Presse.
"Acreditamos que os militares chineses estão a tentar melhorar as suas capacidades operacionais e a sua capacidade de conduzir operações em áreas remotas", acrescentou.
A crescente presença militar da China e a utilização de meios navais e aéreos para reivindicar territórios disputados estão a preocupar os Estados Unidos e os seus aliados na região da Ásia-Pacífico.
O porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, afirmou esta segunda-feira numa conferência de imprensa que o Governo japonês "transmitiu uma mensagem apropriada à parte chinesa", sem especificar se tinha apresentado um protesto formal.
Em maio, o Liaoning navegou entre duas ilhas japonesas a sul, dentro da ZEE, e realizou manobras.
Em setembro, o mesmo porta-aviões também navegou entre duas ilhas japonesas perto de Taiwan e entrou nas águas territoriais do Japão, a área situada até 24 milhas náuticas (cerca de 45 quilómetros) da sua costa.
Na altura, Tóquio classificou as manobras como "inaceitáveis" e manifestou "sérias preocupações".
De acordo com o direito internacional, um Estado costeiro exerce direitos sobre os recursos e atividades económicas dentro da sua ZEE, que se estende até 200 milhas náuticas (370 quilómetros) a partir das suas costas.
As relações bilaterais, já tensas devido a disputas históricas e territoriais, deterioraram-se recentemente, especialmente depois de, em dezembro, o Japão ter exigido a remoção de uma nova boia chinesa colocada na sua ZEE, a sul da ilha de Yonaguni, perto de Taiwan.
Em 29 de maio, o Japão afirmou que a China tinha retirado a boia.
Em fevereiro, Pequim também retirou uma outra boia que tinha instalado em julho de 2023, na ZEE japonesa, perto de áreas disputadas, nomeadamente as ilhas Senkaku no mar do Leste da China, controladas pelo Japão mas reivindicadas pela China sob o nome de Diaoyu.
Também no final de maio, Tóquio acusou Pequim de efetuar investigação científica marítima não autorizada na sua ZEE em torno do seu ponto mais a sul no oceano Pacífico, o remoto atol de Okinotori.
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