Nas últimas 24 horas, 85 elementos das forças de segurança colocaram-se à disposição do presidente interino, Juan Guaidó.
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O número de militares e polícias venezuelanos que desertaram desde sábado para se juntarem ao autoproclamado presidente interino Juan Guaidó aumentou para 411, com o anúncio esta quarta-feira de mais 85 deserções, segundo fontes oficiais colombianas. As últimas deserções foram feitas nas últimas 24 horas, segundo as mesmas fontes.
Em Cúcuta, capital do estado colombiano de Norte de Santander, onde está armazenada a ajuda humanitária reunida pelos Estados Unidos e que o regime de Caracas recusa receber, apresentaram-se 328 efetivos militares e da polícia.
Aqueles efetivos apresentaram-se na delegação regional do oriente da Migração da Colômbia, que integra os Estados de Santander e Norte de Santander, cuja capital é Cúcuta e que alberga a principal travessia fronteiriça com a Venezuela.
Na área metropolitana de Cúcuta estão as pontes internacionais Simón Bolívar, Francisco de Paula Santader e Tienditas, além de vários pontos de passagem ilegais.
Ao departamento de La Guajira (norte) chegaram 26 soldados, enquanto que no resto da região caribenha chegaram seis, na região andina sete, na zona ocidental seis e outro chegou a Antioquia, cuja capital é Medellín.
O diretor-geral da Migração da Colômbia, Christian Kruger, explicou na terça-feira que alguns desses soldados chegam à Colômbia com uniformes e armas, enquanto outros o fazem envergando trajes civis e, por vezes, acompanhados pelas suas famílias.
Por essa razão, Kruger comentou que várias entidades colombianas estão a trabalhar "eficientemente e rapidamente" em cada um dos casos.
Além disso, destacou que quando chegam solicitam refúgio, o que faz com que cada caso seja analisado pelo Ministério das Relações Exteriores da Colômbia para lhes dar uma resposta conforme a informação fornecida e depois de um "trabalho de verificação".
Vários militares e polícias venezuelanos começaram a desertar a partir de dia 23 de fevereiro (sábado), quando um grupo de voluntários tentou entrar no país a partir da Colômbia e do Brasil, com ajuda humanitária reunida por uma coligação internacional que procura aliviar a crise existente na Venezuela.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já dezenas de mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou cerca de 3,4 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Em 2016, a população da Venezuela era de aproximadamente 31,7 milhões de habitantes e no país residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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