Líder do tráfico na favela Rocinha detido em mega-operação.
Uma nova mega-operação conjunta da polícia e das Forças Armadas, prendeu ao início desta quarta-feira numa favela da zona norte do Rio de Janeiro o traficante Rogério Avelino da Silva, mais conhecido como Rogério 157, o criminoso mais procurado daquela cidade brasileira.
Rogério 157 era o chefe do tráfico de droga na favela da Rocinha, a maior do Brasil, e foi o responsável por uma sangrenta guerra que, nos meses de agosto e setembro, fez vários mortos e causou o pânico em vários bairros da outrora chamada "Cidade Maravilhosa".
O poderoso criminoso, que comandava até esta quarta um verdadeiro império das drogas, foi preso no telhado da casa de uma moradora da Favela do Arará, na região da Mangueira, para onde subiu ao saber que a polícia estava a invadir a região. Estava protegido por vários seguranças c om armas de guerra, mas que optaram por fugir e o deixaram sozinho ao verem o enorme efetivo enviado para o local pelas forças de segurança.
Isolado e praticamente indefeso no telhado da casa, Rogério 157, não ofereceu qualquer resistência ao ser detido pelas autoridades.
Mega-operação
Na operação desta quarta-feira, foram utilizados 2900 militares das Forças Armadas e milhares de agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Força Nacional. Os militares do Exército, Marinha e Força Aérea, apoiados por blindados, montaram um cerco a várias favelas da região da Mangueira ainda de madrugada e derrubaram barricadas feitas pelos traficantes, abrindo assim caminho para a entrada da polícia nas favelas do Arará, Tuiuti, Mandela e Barreira do Vasco.
Logo após a detenção de Rogério 157 na zona norte da cidade, iniciou-se um intenso tiroteio na Rocinha, na zona sul, que o traficante comandava até esta quarta-feira. As informações iniciais não são concretas, mas supõe-se que a troca de tiros na Rocinha tenha acontecido entre aliados de Rogério 157 e inimigos dele que, aproveitando o momento, tentavam tomar de assalto os principais pontos de venda de droga.
Traição e recompensa
O criminoso, cuja captura valia uma recompensa de 13 mil euros, foi durante muito tempo o braço-direito do antigo chefe do tráfico da Rocinha, António Bomfim Lopes, oo Nem, preso há alguns anos. Rogério 157 tornou-se o chefe do tráfico após a prisão de Nem, rompeu com o antigo chefe e assumiu o comando do tráfico.
A traição ao antigo chefe provocou a sangrenta disputa de agosto e setembro, quando os aliados de Nem tentaram retomar o controlo da favela, usando traficantes fortemente armados recrutados noutras regiões da cidade dominadas pela mesma fação.
Os habitantes da Rocinha ficaram semanas trancados em casa, com medo dos tiroteios diários. Criminosos dos dois grupos e habitantes inocentes morreram e o medo tomou conta de vários bairros elegantes que circundam a Rocinha, como a Gavea, São Conrado e Leblon, interrompendo aulas e fechando lojas.
Na tentativa de capturar Rogério 157, grandes operações policiais e militares foram realizadas, mas todas fracassaram até esta quarta-feira. Numa delas, a de repercussão mais negativa, militares das Forças Armadas cercaram e praticamente fecharam a Rocinha durante uma semana, mas o criminoso conseguiu, nessa altura, ludibriar as forças de segurança e escapar ao cerco.
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