Registou-se um prejuízo de mais de 44 mil euros nos dois dias em que suspendeu a atividade devido à insegurança na capital angolana.
A empresa pública de Transportes Coletivos Urbanos de Luanda (TCUL) retomou esta quarta-feira os serviços, registando um prejuízo de mais de 44 mil euros nos dois dias em que suspendeu aatividade devido à insegurança na capital angolana.
Esta quarta-feira é o último de três dias de paralisação dos serviços de táxi na província de Luanda, em protesto face à subida dos preços dos combustíveis e consequente aumento da tarifa dos transportes na capital angolana, que ficou marcada por atos de vandalismo, violência, caracterizada, entre outros, por pilhagens a estabelecimentos comerciais, apedrejamento de viaturas e comboios, queima de pneus e contentores de lixo e barricadas nas estradas.
Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da TCUL, André Gomes, disse que nos últimos dois dias a empresa deixou de transportar mais de 500 mil passageiros, tendo sido registada a vandalização de dez autocarros, com o prejuízo a ascender a 48 milhões de kwanzas (mais de 44 mil euros).
Segundo André Gomes, a atividade arranca esta quarta-feira com 70 autocarros, estando garantida pelas autoridades a segurança dos passageiros, motoristas e dos meios.
André Gomes lamentou os tumultos e a vandalização dos meios públicos e privados, nos dois últimos dias.
"Aquilo que nós assistimos de facto é um crime autêntico, porque paralisação não é sinónimo de vandalizações. Então, apelamos ao público, principalmente aquelas pessoas que tiveram contacto direto com esta má ação, a não enveredarem para este tipo de caminho", sublinhou.
Também a MACON, empresa privada de transporte urbano de passageiros, retomou esta quarta-feira as operações, depois de ter registado a vandalização de pelo menos 12 autocarros, estando ainda a calcular os prejuízos financeiros entre segunda-feira e terça-feira.
Armando Macedo, da área comercial da MACON, sublinhou que a paralisação prejudicou os cidadãos e a empresa, avançando que a retoma da atividade vai ser gradual.
Armando Macedo destacou a colaboração com a Polícia Nacional e o Governo Provincial de Luanda no sentido de se garantir a segurança dos utentes e dos meios.
O último balanço da Polícia Nacional de Angola aponta para o registo de cinco mortos - entre os quais de um polícia -, 1.214 detenções, a destruição de 45 lojas, 25 viaturas particulares, 20 autocarros públicos e de três agências bancárias.
Na terça-feira, o porta-voz da Polícia Nacional angolana, o subcomissário Mateus Rodrigues, assegurou que a situação de segurança pública de Luanda é considerada estável e que vão continuar as detenções.
Mateus Rodrigues sublinhou o registo também de algumas ocorrências nas províncias do Huambo e Icolo e Bengo, realçando que a situação estava já controlada.
No início deste mês, o preço do gasóleo passou de 300 para 400 kwanzas por litro (0,28 para 0,37 euros), no âmbito da retirada gradual pelo Governo do subsídio aos combustíveis, iniciada em 2023, levando a um reajuste das tarifas dos transportes públicos.
Face à subida do preço do gasóleo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) passou de 200 (0,19 euros) para 300 kwanzas (0,28 euros) o preço do serviço de táxis coletivos (transporte ocasional de passageiros) e de 150 (0,13 euros) para 200 kwanzas (0,19 euros) a tarifa do serviço de autocarros urbanos.
Os grevistas sublinham que passaram mais de 15 dias sem o Governo "ouvir o grito de socorro dos taxistas", por isso "as Associações e Cooperativas de taxistas ANATA, ATA, CTMF, ATLA, CTCS, 2PN, AB-TAXI" decidiram paralisar os serviços.
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