Prazo para aprovar o orçamento é 30 de setembro, mesmo que de modo temporário, para evitar um "shutdown", uma paralisia do Estado federal.
Donald Trump fez esta quinta-feira subir abruptamente a sua aposta numa luta orçamental contra a oposição democrata, ameaçando despedir em massa funcionários públicos se o Congresso não votar uma lei de finanças dentro de cinco dias.
"Tudo isto é culpa dos democratas. Eles pediram-nos para fazer coisas que não são razoáveis", afirmou o presidente dos Estados Unidos da América durante um encontro na Casa Branca com o seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan.
O chefe de Estado americano acusou a oposição de querer financiar cuidados médicos para imigrantes em situação irregular com dinheiro federal.
Os riscos deste combate político e financeiro são altos para os dois lados. Dentro de pouco mais de um ano, vai haver as eleições intercalares no país nas quais a maioria no Congresso, atualmente republicana, será disputada.
O prazo para aprovar o orçamento é 30 de setembro, mesmo que de modo temporário, para evitar um "shutdown", uma paralisia do Estado federal.
O republicano Russell Vought, diretor do gabinete do orçamento (OMB) na Casa Branca, pediu às agências federais que elaborassem planos de redução de funcionários efetivos que trabalham em programas que não têm financiamento atual, nem fonte de financiamento externa, e que não estão "de acordo com as prioridades do presidente" Trump, segundo uma carta à qual a agência de notícias francesa AFP teve acesso.
Donald Trump recusa qualquer encontro com os líderes da minoria democrata no Congresso, enquanto não se alinharem com os seus argumentos. O memorando do OMB indica que qualquer redução feita após o prazo de financiamento seria permanente.
O líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, qualificou Russell Vought de "politicardo malfeitor". "Não nos deixaremos intimidar", escreveu no X, concluindo: "Vai-te lixar" dirigindo-se ao diretor do Orçamento.
Em caso de "shutdown", uma grande parte dos serviços federais seria suspensa, com centenas de milhares de funcionários em lay-off, um tráfego aéreo desorganizado, mas também fortes perturbações nos pagamentos de várias ajudas sociais.
Os republicanos têm uma curta maioria nas duas câmaras do Congresso, Câmara dos Representantes e Senado, mas devido ao regulamento parlamentar, o partido republicano terá de negociar com os democratas para obter os votos de pelo menos sete senadores.
Os democratas exigem, entre outras coisas, que os republicanos restabeleçam centenas de milhares de milhões de dólares em despesas de saúde.
Os conservadores, por sua vez, sustentam que o seu plano de despesas para sete semanas, financiando o governo até ao final de novembro, é o único em discussão.
Se o Congresso aprovar um projeto de lei orçamental antes do prazo, "as etapas adicionais descritas neste e-mail não serão necessárias", indica o memorando do OMB.
Os democratas, que até agora não conseguiram articular uma resposta realmente impactante contra as decisões drásticas de Donald Trump estão a ser maltratadas nas sondagens. E veem neste braço de ferro uma oportunidade de apresentar o presidente bilionário como um amigo dos ricos, decidido a cortar nas prestações sociais.
Os republicanos apostam numa mensagem de segurança e soberania, prometendo reduções de impostos, num momento em que o mercado de trabalho se degrada.
Os americanos expressam nas sondagens de opinião um ceticismo acentuado, e até mesmo uma hostilidade aberta à política protecionista de Donald Trump.
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