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Turistas podem ser obrigados a divulgar histórico de cinco anos de redes sociais para entrar nos EUA

Proposta indica ainda que podem ser solicitados números de telefone e endereços de e-mail, assim como informações sobre familiares.

10 de dezembro de 2025 às 12:30

Os Estados Unidos preparam-se para apertar ainda mais as regras de entrada de turistas no país a partir do próximo ano, coincidindo com o Campeonato do Mundo de futebol que vão organizar, em conjunto com o México e o Canadá.

De acordo com uma proposta da Alfândega e Proteção de Fronteiras, as autoridades norte-americanas poderão solicitar aos viajantes um histórico de cinco anos das respetivas redes sociais. A avançar, esta proposta coloca em causa a entrada de turistas de dezenas de países, incluindo do Reino Unido, de acordo com o The New York Times.

A medida iria afetar viajantes de vários países que podem visitar os EUA durante 90 dias sem visto, desde que tenham preenchido o formulário do Sistema Eletrónico de Autorização de Viagem (ESTA).

A proposta foi apresentada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras e pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, e publicada no Registo Federal, o diário oficial do governo dos EUA. O texto em causa afirma que poderá ser "solicitado aos candidatos do ESTA que forneçam os seus perfis das redes sociais dos últimos cinco anos", mas não especifica mais pormenores.

Atualmente, o Sistema Eletrónico de Autorização de Viagem (ESTA) exige que sejam fornecidas algumas informações aos turistas, além do pagamento de uma taxa. E abrange cerca de 40 países, entre eles Reino Unido, Portugal, Irlanda, França, Alemanha, Austrália e Japão - este visto permite que os viajantes visitem os EUA várias vezes durante um período de dois anos.

Além do histórico das redes sociais, a nova proposta indica ainda que podem ser solicitados números de telefone e endereços de e-mail dos últimos cinco anos, assim como informações sobre familiares.

O texto cita uma ordem executiva de Trump, de janeiro, intitulada "Proteger os Estados Unidos de terroristas estrangeiros e outras ameaças à segurança nacional e à segurança pública".

Ao jornal The New York Times, Sophia Cope, da organização de direitos digitais 'Electronic Frontier Foundation', criticou esta proposta, referindo que pode "agravar os direitos à liberdade". Por outro lado, de acordo com um escritório de advogados também ouvido pelo jornal norte-americano, pode levar a longas esperas para a aprovação da entrada no país através do ESTA.

Desde que regressou à Casa Branca, no início do ano, o presidente Donald Trump tem tomado medidas para restringir as fronteiras dos EUA em nome da segurança nacional.

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