A edição de hoje
Autoridades ucranianas dizem que tem como objetivo fomentar a divisão e "desorientar" os aliados da Ucrânia.
A nova proposta de paz conjunta dos Estados Unidos e da Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia foi apelidada como "absurda" e inaceitável pelas autoridades em Kiev, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
As autoridades ucranianas consideram que a proposta, supostamente elaborada por Kirill Dmitriev, aliado próximo de Vladimir Putin, e pelo enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, é uma "provocação" que tem como objetivo fomentar a divisão e "desorientar" os aliados da Ucrânia.
“Não há, no momento, nenhum sinal de que o Kremlin esteja pronto para negociações sérias. Putin está a tentar ganhar tempo e evitar as sanções dos EUA”, disse Oleksandr Merezhko, presidente da comissão parlamentar de política externa da Ucrânia.
O primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, classificou a iniciativa como irrealista, sugerindo que se trata de uma operação de informação clássica, ao estilo soviético, para influenciar a opinião pública e semear o pânico.
Na quarta-feira a agência Reuters avançou que os Estados Unidos propuseram à Ucrânia uma lista de condições que o país deve aceitar para terminar a guerra. Entre as condições estão a diminuição das forças armadas e a cedência de territórios.
Segundo fontes relataram à Reuters, a proposta refere que a Ucrânia deve ceder territórios à Rússia, renunciar a algumas armas e diminuir a dimensão das suas forças armadas. Washington espera que Kiev aceite pelo menos os pontos principais do acordo. Ao todo serão 28 pontos que os Estados Unidos entendem serem necessários para resolver a guerra.
Recorde-se que o presidente Zelensky já descartou várias vezes qualquer concessão territorial à Rússia.
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