Mutação detetada recentemente no Japão e originária da Amazónia brasileira pode ser tão contagiosa quanto a do Reino Unido.
A Comissão Europeia disse esta sexta-feira "acompanhar atentamente" as novas mutações do SARS-CoV-2 na União Europeia (UE), nomeadamente a originária do Brasil, e está em contacto com empresas farmacêuticas para garantir que as vacinas contra a covid-19 asseguram proteção.
"A Comissão, e em particular a Agência Europeia do Medicamento, estão a seguir atentamente as mutações e as novas estirpes [do novo coronavírus]", declarou o porta-voz da Comissão Europeia para a área da Saúde, Stefan De Keersmaecker, falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.
Escusando-se a responder diretamente sobre qual o nível de preocupação da Comissão Europeia sobre a estirpe brasileira, Stefan De Keersmaecker focou-se antes na questão da vacinação: "Estamos em contacto com vários produtores de vacinas para garantir que as vacinas podem também assegurar proteção".
A mutação do novo coronavírus detetada recentemente no Japão e originária da Amazónia brasileira pode ser tão contagiosa quanto a do Reino Unido ou da África do Sul, segundo investigadores brasileiros.
A mutação surgiu na Amazónia, onde o número de internamentos por conta do vírus explodiu nas últimas semanas, principalmente em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas.
Em Portugal, ainda não foi detetada a estirpe brasileira do novo coronavírus, garantiu à Lusa o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que estuda desde março as variantes do SARS-CoV-2.
Também em declarações à Lusa, o virologista Pedro Simas afirmou ser necessário mais tempo para estudar a variante detetada no Brasil do novo coronavírus e disse entender que países que enfrentam situações graves da pandemia limitem as entradas e saídas nos seus territórios.
"É bom ter alguma cautela e tempo para estudar essa variante do Brasil para ver se o impacto que esta mutação tem melhora a disseminação", salientou Pedro Simas, para quem está provado que os "confinamentos funcionam, independentemente das variantes" do vírus.
Na quinta-feira, o Governo britânico anunciou que vai suspender ligações aéreas de Portugal e Cabo Verde para Inglaterra para tentar impedir a entrada da estirpe brasileira do SARS-CoV-2, e proibiu também chegadas do Brasil e de outros países sul-americanos.
"Tomei a decisão urgente de proibir chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela a partir de sexta-feira após informação sobre uma nova variante no Brasil", anunciou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, através da rede social Twitter.
As viagens de Portugal para o Reino Unido também serão suspensas "devido aos seus laços fortes com o Brasil, funcionando como mais uma forma de reduzir o risco de importação de infeções", acrescentou.
No entanto, o Governo britânico vai isentar deste bloqueio os camionistas que viajem a partir de Portugal para permitir a circulação de bens essenciais e também aos cidadãos britânicos e irlandeses e nacionais de países terceiros com direito de residência, que poderão entrar no país, mas cumprir quarentena de 10 dias.
Os voos diretos entre o Brasil e o Reino Unido já haviam sido proibidos no mês passado, quando o governo brasileiro tentou impedir que a estirpe britânica do vírus, altamente transmissível, chegasse ao país.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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