Ursula von der Leyen promete “contramedidas”, mas deixa porta aberta ao diálogo com os EUA.
A União Europeia garantiu esta quinta-feira que está preparada para responder na mesma moeda à imposição de tarifas aduaneiras de 20% por parte dos EUA, mas deixou a porta aberta ao diálogo com a Administração Trump, afirmando que “não é demasiado tarde para negociar”.
“A imposição de tarifas universais ao Mundo inteiro, incluindo a UE, que foi anunciada pelo Presidente Trump é um enorme golpe na economia global. Vai aumentar a incerteza e alimentar a subida do protecionismo, com consequências terríveis para milhões de pessoas em todo o Mundo”, denunciou a presidente da Comissão Europeia, prometendo uma resposta firme da parte de Bruxelas. “Estamos a finalizar um primeiro pacote de contramedidas em resposta às tarifas sobre o aço, e já iniciámos a preparação de medidas adicionais para proteger os nossos interesses e os das nossas empresas se as negociações com os EUA falharem”, sublinhou Ursula von der Leyen, adiantando que as primeiras contramedidas poderão visar até 26 mil milhões de euros de produtos americanos importados.
“É evidente que todas estas tarifas vão aumentar os preços para os consumidores e, no final, pagaremos todos”, sublinhou, por seu lado, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas. A resposta europeia será discutida na próxima segunda-feira, numa reunião dos responsáveis pelo comércio dos Estados-membros, no Luxemburgo, e votada dois dias depois pelos 27. “Ainda não é demasiado tarde para encontrar uma solução negociada”, frisou a líder da Comissão Europeia.
Em Portugal, o ministro da Economia, Pedro Reis, anunciou que vai reunir-se, na próxima semana, com 16 associações empresariais dos setores potencialmente mais afetados pelas tarifas de Trump, incluindo a indústria automóvel, dos combustíveis, da borracha, cortiça e calçado, para “avaliar o impacto” e as “medidas de mitigação”. Já a Espanha anunciou esta quinta-feira mesmo um pacote de 14,1 mil milhões de euros para apoiar os setores mais atingidos.
O anúncio das tarifas, que visam todos os parceiros comerciais dos EUA, provocou ondas de choque nos mercados mundiais, atirando as principais bolsas - incluindo a dos EUA - para o vermelho. A China, um dos principais visados pelas taxas de Trump, que no seu caso chegam aos 34%, exortou os EUA a “levantarem de imediato as tarifas unilaterais”, lembrando que “não existem vencedores numa guerra comercial”.
Taxas Nem os pinguins escapam
Entre os alvos das tarifas de Trump encontram-se as remotas ilhas de McDonald e Heard, que ficam na Antártida e pertencem à Austrália, e que têm a particularidade de serem habitadas apenas por... pinguins. “Ninguém no Mundo está a salvo”, ironizou o PMaustraliano, Anthony Albanese.
Golpe Temu e shein sem isenção
Trump acabou com a isenção de taxas das encomendas de baixo valor vindas do estrangeiro. A medida vai afetar nomeadamente milhões de encomendas de sites chineses de comércio eletrónico como a Temu,Shein e Alibaba, que passam a pagar taxas de 34% como as restantes importações.
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