Vândalos pintaram ameaças homofóbicas e símbolos nazis em paredes da Universidade Federal de Juíz de Fora, no Brasil.
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Num novo episódio da sucessão da intolerância e radicalismo que alastram no Brasil, vândalos pintaram ameaças homofóbicas e símbolos nazis em paredes da Universidade Federal de Juíz de Fora. Foi nesta cidade no estado de Minas Gerais que a 6 de setembro o favorito na corrida presidencial, Jair Bolsonaro, foi alvo de um atentado à faca perpretado por um fanático religioso e militante de extrema-esquerda que lhe provocou ferimentos graves na região abdominal.
O vandalismo ocorreu no prédio da reitoria, e atingiu, entre outros locais, a área das casas de banho. Nas paredes, além de suásticas, foram escritas frases ameaçadoras contra homossexuais, como "Morte aos gays" e "Morte a todos os LGBT".
Tanto a direção da universidade quanto a Faculdade de Direito repudiaram em comunicados o vandalismo e a manifestação de intolerância que ele representa. A polícia foi comunicada e vai tentar usar imagens de câmaras internas de videovigilância para tentar identificar quem cometeu o ato de vandalismo.
Por enquanto não há qualquer indício que ligue esse vandalismo à campanha presidencial, que tem como provável vencedor o deputado de extrema-direita Jair Bolsonaro, e cuja segunda volta se realiza no próximo dia 28. Mas desde que a vitória de Bolsonaro começou a ficar mais evidente, dada a grande diferença que ele tem em relação ao adversário, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, ataques de cunho homofóbico, racial e nazi dispararam por todo o Brasil.
Homossexuais e lésbicas têm sofrido ataques físicos violentos em ruas de várias regiões do Brasil por grupos identificados com Bolsonaro ou que assim se apresentam, e um homem negro de 63 anos foi morto na Bahia por um eleitor do deputado extremista depois de ter dito que tinha votado em Haddad. Suásticas, o símbolo mais famoso do brutal regime nazi que Adolf Hitler comandou, têm aparecido por todo o Brasil, também supostamente pintadas por simpatizantes de Bolsonaro como represália a quem não apóia o radicalismo do candidato, acusado de preconceito contra negros, homossexuais e mulheres.
Um dos primeiros desses ataques aconteceu na famosa Unicamp, Universidade de Campinas, no estado de São Paulo, onde suásticas foram pintadas em vários prédios, incluindo na biblioteca. Domingo passado, entre vários outros episódios do tipo, foi a vez de o símbolo nazi ter aparecido nas paredes da Capela de São Pedro da Serra, em Nova Friburgo, cidade na região serrana do Rio de Janeiro, vandalizando um templo católico histórico, erguido há mais de 150 anos.
Mas o caso mais grave do uso de suásticas, por a vítima ter sido um ser humano, aconteceu em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, onde Bolsonaro teve uma votação esmagadora. Uma jovem de 19 anos que exibia na bolsa um auto-colante com os dizeres "Ele não", símbolo dos que rejeitam Bolsonaro, foi espancada por um alegado grupo de simpatizantes do deputado ultra-direitista e teve uma suástica dolorosamente marcada no próprio corpo com um canivete.
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