Há cerca de 80 grupos em todo o mundo que procuram uma solução.
O mundo anseia por respostas, tratamentos eficazes e mais do que tudo, por uma vacina. Uma vacina contra o coronavírus que permita que a sociedade volte ao normal ou, pelo menos, a um novo normal.
Em tempos de incerteza devido à pandemia na qual todos mergulhámos, em que ponto estamos relativamente a uma vacina e por que motivo esta é a solução tão desejada? O vírus continua a espalhar-se a um ritmo veloz, mesmo com todas as medidas restritivas que os países foram impondo à população, e assim continuará devido à vulnerabilidade da população ao vírus. A vacina irá 'treinar' o sistema imunitário das pessoas para que, uma vez em contacto com a doença, saibam combatê-la e assim não ficarem doentes. Isto permitirá que a sociedade possa retomar mais facilmente à normalidade e tornar o distanciamento social mais flexível.
Por essa razão, cerca de 80 grupos de investigadores em todo o mundo lutam contra o tempo para encontrar a vacina mais eficaz e segura para combater o coronavírus. Algumas destas investigações já estão a entrar em fase de ensaio clínico.
O primeiro ensaio clínico em humanos foi anunciado em março por cientistas de Seattle, nos Estados Unidos. Neste caso em particular, os testes em animais não foram efetuados, tendo-se passado diretamente para os testes em humanos.
Um segundo ensaio clínico está a ser efetuado em Oxford, Reino Unido. Este conta com 800 voluntários - inclusive um voluntário português - e será realizado da seguinte forma: metade dos voluntários vai receber a vacina, desenvolvida em cerca de três meses, contra o coronavírus, a segunda metade receberá uma vacina contra a meningite. Só os médicos saberão quem recebe qual. O objetivo é perceber qual é a eficácia da vacina.
Valentim Roque, o português que se voluntariou para ser cobaia de vacina contra o coronavírus
Outra das investigações em curso está a ser desenvolvida pelos gigantes farmacêuticos Sanofi e GSK.
Há ainda um grupo de cientistas australianos que que começaram a injetar furões com dois tipos de vacina. Os investigadores esperam poder começar os testes em humanos no final do mês.
A vacina cujo processo está mais avançado é a da CanSino Biologics Inc. de Hong Kong e do Instituto de Biotecnologia de Pequim, que está na fase dois. Esta é a etapa em que se testa a substância em humanos, uns que estejam doentes, e outros saudáveis. Os tratamentos da Moderna Inc e pela Inovio Pharmaceuticals Inc, ambas dos Estados Unidos, estão na fase um, também a ser testadas em humanos.
Mas afinal quando teremos uma vacina pronta?
O desenvolvimento de uma vacina costuma demorar anos a ser desenvolvida, muitas vezes décadas até. No entanto, a necessidade de desenvolver esta vacina em particular está a fazer com que os cientistas lutem contra o tempo em todo o mundo para conseguir uma solução em tempo útil.
Atualmente, os investigadores esperam que haja uma vacina eficaz em poucos meses, porém, nada garante que seja possível conseguirmos uma vacina ainda em 2020. A maioria dos especialistas acredita que é mais provável que uma vacina seja desenvolvida e disponibilizada para o mundo a meio de 2021, cerca de 12 a 18 meses após o coronavírus ter surgido no mundo.
Se assim for, esta será uma grande vitória para a ciência, mas nada garanta que funcione. Há já quatro tipo de coronavírus a circular entre humanos e podem ainda sofrer mutações ao mesmo tempo que os cientistas lutam para descobrir apenas uma vacina.
O processo até ao produto final
Mesmo após a descoberta de uma forte candidata, é preciso que esta passe por diversas fases. A primeira é que os ensaios provem que a vacina é segura e que não provocará mais problemas além da doença.
Depois tem de passar pelos ensaios clínicos e nesses, a solução injetada tem de provocar uma resposta no sistema imunitário do testado que o proteja de ficar doente.
A seguinte fase é encontrar uma forma de produzir a vacina em quantidades suficientes para vacinar toda a população que precisa da mesma e isso envolve mais de mil milhões de potenciais doses.
Segue-se a fase da aprovação por parte dos reguladores da solução injetável.
Por fim, numa operação que envolve uma logística desafiante, é preciso vacinar a população.
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