Valérie Bacot lançou um livro onde narrou os anos de terror vividos às mãos de Daniel Polette. Mais de 600 mil pessoas assinaram petição a pedir a libertação da mulher.
O caso está a indignar milhares de pessoas em França e no Mundo. Valérie Bacot está a ser julgada por ter matado o homem que a violou, espancou e a obrigou a prostituir-se. Este homem era o seu padrasto, que a agredia sexualmente desde os 12 anos e com quem viria a juntar-se.
O julgamento começou segunda-feira no tribunal em Saône-et-Loire, no centro de França. Mais de 600 mil pessoas assinaram uma petição a exigir a libertação de Valérie, que contou em livro o inferno que viveu às mãos do homem, que a violou e agrediu ao longo da vida.
A história
Corria o mês de março, o ano era 2016, Valérie tomava a decisão de matar Daniel Polette. Ela com 35 anos, ele com 61. Pediu ajuda a dois dos seus quatro filhos para enterrar o corpo do agressor numa floresta. Mas uma denúncia viria a levar Valérie a ser detida, em outubro de 2017.
A mulher confessou o crime. Explicou o terror que passou durante 25 anos às mãos de Daniel Polette, mas de pouco valeu.
Quando tinha apenas 12 anos, Valérie foi violada por Daniel Polette, que mantinha uma relação com a mãe. O homem chegou a ser condenado e preso em 1995 pelo crime que cometeu, mas um juiz autorizou a saída da prisão e permitiu que o homem voltasse a casa da família. "Tudo voltou a ser como antes", revelou a mulher em livro. Valérie engravidou do agressor e foi expulsa de casa pela mãe.
Naquela altura, Valérie pensou que não tinha escolha. A jovem juntou-se com Daniel, o agressor e seu ex-padrasto. No livro revela que ele era viciado em álcool e foi-se tornando violento com o tempo. Chegou a ser agredida com um martelo e estrangulada até desmaiar quando estava grávida.
Para além de toda a violência física e psicológica a que era sujeita, a mulher foi ainda obrigada a prostituir-se. Sempre que pensava fugir, era ameaçada com uma arma.
A morte de Daniel
No dia 13 de março de 2016, Valérie pôs fim aos episódios recorrentes de violência, agressões e violações. Pegou na arma de Daniel e disparou contra a nuca do homem. A legítima defesa não pôde ser invocada. Os advogados tentam defender Valérie alegando que o ato se deveu à "violência extrema que sofreu durante 25 anos e o medo de que isso se repetisse com a filha".
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