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Violada em São Paulo por taxista de 'app'

Inglesa pediu um táxi através de uma aplicação de viagens.

07 de junho de 2016 às 10:18

Uma inglesa de 27 anos que vive há dois em São Paulo foi agredida sexualmente por um motorista de táxi, apesar de, por segurança, ter pedido aos funcionários do restaurante onde jantara para lhe pedirem um carro.

O motorista foi chamado através de uma aplicação chamada '99 Taxis', que permite a reserva de um táxi via Internet. No entanto, o homem que se disponibilizou para a levar a casa acabou por a violar dentro do carro. 

De acordo com o relato feito na esquadra do bairro Campo Belo, área nobre da capital paulista, a jovem inglesa, ao terminar o jantar já de madrugada, no passado domingo, não quis apanhar um dos táxis parados em frente ao restaurante onde jantou, no bairro Itaím Bibi (outro bairro elegante da zona sul da cidade). Para não correr riscos, pediu para lhe chamarem um através de uma aplicação onde a identidade, fotografia e número de telemóvel do motorista ficam registados.

Mas, mal entrou no carro, o motorista começou a assediá-la sexualmente, apesar de ela não falar português nem ele inglês.

Usando a força, o homem obrigou a jovem inglesa a masturbá-lo depois de parar o veículo numa rua deserta e mal iluminada. Depois, forçou-a a saltar para o banco de trás do carro e violou-a. Em seguida, o taxista deixou a vítima perto de casa dela, em Moema, outro bairro de alto padrão na mesma região de São Paulo.

Apesar do choque, a jovem inglesa conseguiu esconder o preservativo usado pelo taxista durante a violação para usar como prova na polícia. Também conseguiu tirar uma foto do veículo enquanto este se afastava. A polícia usou o registo do motorista na empresa que presta o serviço e, usando o nome da inglesa, marcou um encontro com o criminoso, que foi preso e incriminado por violação. Como é comum em casos semelhantes, o homem afirmou que a vítima consentiu no ato sexual.

O Brasil vive uma vaga de ataques sexuais a que São Paulo, apesar de ser uma das cidades mais policiadas do país, não escapa. Números divulgados na passada semana dão conta de que 26 violações são registadas nas esquadras paulistas por dia, o que equivale a mais de uma por hora. No entanto, as autoridades acreditam que esses números representem apenas 10% dos crimes desse tipo pois, na esmagadora maioria das vezes, as vítimas não apresentam queixa por medo ou por vergonha.

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