Dois mil finalistas do ensino secundário do Luisiana, EUA, foram levados para evento diferente do que tinha sido anunciado.
Mais de dois mil estudantes de uma escola pública, no estado norte americano do Louisiana, nos EUA, foram informados que iriam a uma feira universitária, na passada terça-feira. No entanto, os alunos foram levados para um evento da igreja, que os pais consideraram sexista e transfóbico.
Os mais de dois mil finalistas do ensino secundário do sistema paroquial East Baton Rouge, no Louisiana, foram levados para o Centro Cristão Living Faith Local sob pretexto de que iam receber aconselhamento universitário e de carreira.
O centro cristão organizou um evento intitulado "Dia da Esperança" e os folhetos de autorização distribuídos aos estudantes, para conhecimento dos pais, prometiam "comida grátis", "divertimento e jogos"e "feira universitária", refere o jornal britânico The Guardian.
Segundo Brittney Bryant, professora e mãe de um estudante transexual que também participou no evento, o que aconteceu foi muito diferente do que foi anunciado e os organizadores começaram por separar os estudantes por género.
"Os rapazes ficaram na rua enquanto as raparigas foram levadas para dentro da igreja para uma 'conversa de raparigas'. O meu filho, transexual, foi discriminado por ter saído. Eu fiquei [com as raparigas] e ouvi a conversa. Falaram sobre violação, sobre perdoar o agressor, sobre suicídio, e outros temas controversos. Várias raparigas foram encontradas a chorar nas casas de banho, devido à conversa", escreveu Bryant, na sua página de Facebook
"Entretanto, os rapazes que foram deixados na rua, no calor extremo, foram escoltados para dentro e as raparigas levadas para fora. O tema da conversa dos rapazes foi intitulada "conversa a sério", mas o que aconteceu foi um concurso machista, de competição de flexões, com uma recompensa monetária para os vencedores".
Bryant acrescentou ainda que os estudantes transgénero, que participaram no evento, foram humilhados por outros estudantes: "Deitaram-lhes água em cima das cabeças, sem qualquer consequência por parte dos adultos presentes".
Um dos estudantes que participou no evento, Alexis Budyach, descreveu-o como uma "experiência horrível": "A maioria dos estudantes optou por participar nesta visita de estudo como uma oportunidade de faltar às aulas, no entanto, muitos ficaram traumatizados com o que aconteceu".
Alexis, que se identifica como uma pessoa não binária, escreveu na sua página de Facebook que pensou que seria "imediatamente discriminada se fosse com os rapazes", quando os organizadores do evento dividiram os estudantes por géneros. Por isso, Alexis ficou sentada com as raparigas e "manteve a boca fechada".
Durante a conversa, no interior da igreja, a oradora contou às raparigas a história de como quase morreu estrangulada por homem que tinha conhecido, "secretamente, numa aplicação de encontros". Alexis disse que o objetivo era desencorajar as raparigas a guardar segredos e contou ainda que, a mesma oradora, enfatizou que "se tivesse esperado pelo homem que Deus guardou para ela, então aquela situação não teria acontecido".
Os funcionários da escola fizeram uma publicação, na página de Facebook, e consideraram o evento da igreja "espantoso".
"Sentimo-nos honrados por poder ouvir diretamente os estudantes, ajudá-los a abordar questões que enfrentam e para lhes dar motivação e orientação para fortalecer as suas escolhas".
Segundo o The Guardian, professores, pais e alunos rapidamente escreveram comentários furiosos, em resposta à publicação feita pela escola.
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