Independência da Europa vai exigir a "libertação das algemas que no passado, por vezes, atrasaram" os países europeus, afirma a presidente da Comissão Europeia.
A presidente da Comissão Europeia defendeu esta quinta-feira uma "Europa independente", livre "das algemas" do passado, para fazer face a um contexto geopolítico em constante alteração.
"Uma Europa independente. Sei que é uma mensagem desconfortável para alguns, mas, na sua essência, é sobre a a nossa liberdade", disse Ursula von der Leyen numa cerimónia em Aachen, na Alemanha, onde recebeu o prémio internacional Carlos Magno
A presidente do executivo comunitário, antiga ministra da Defesa da Alemanha, acrescentou que a independência da Europa vai exigir a "libertação das algemas que no passado, por vezes, atrasaram" os países europeus.
A presidente da Comissão Europeia disse que os países da Europa central de leste "há muito que sabem que "a liberdade pessoal só é possível com independência coletiva".
Para Ursula von der Leyen, a ordem mundial "rapidamente desceu para a desordem internacional" e o mundo está a assistir a "ambições e guerras imperiais".
A presidente do executivo comunitário pediu "ambição, unidade e vigor" da União Europeia, nomeadamente uma Pax Europea do século XVI, que tenha incidência no reforço da segurança e defesa, relançado o complexo industrial e criando as bases para que o bloco político-económico seja independente, possa continuar a apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia sem depender, por exemplo, dos Estados Unidos da América, cuja postura face ao Kremlin mudou com a tomada de posse do republicano Donald Trump.
A competitividade, com condições atrativa para as empresas e a criação de empregos, também faz parte do roteiro apresentado por Ursula von der Leyen.
"Só assim poderemos construir uma Europa verdadeiramente independente", defendeu.
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