Chefe de Estado indicou que a China "apoia o povo brasileiro na defesa da sua soberania nacional e na proteção dos seus legítimos direitos e interesses".
O Presidente da China, Xi Jinping, condenou esta terça-feira o "protecionismo", durante uma conversa por telefone com o homólogo brasileiro, Lula da Silva, após os Estados Unidos terem imposto recentemente tarifas sobre produtos do Brasil.
"Todos os países devem unir-se e opor-se firmemente ao unilateralismo e ao protecionismo", afirmou Xi, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
O chefe de Estado indicou que a China "apoia o povo brasileiro na defesa da sua soberania nacional e o Brasil na proteção dos seus legítimos direitos e interesses", sem mencionar diretamente as tarifas norte-americanas.
Xi afirmou que as relações sino-brasileiras "estão no melhor momento histórico" e que a harmonização das estratégias de desenvolvimento de ambos os países "avança de forma fluida".
Pequim está "disposta a trabalhar com o Brasil para aproveitar oportunidades, reforçar a coordenação e alcançar uma cooperação mais benéfica para ambas as partes", acrescentou.
O líder chinês considerou ainda que os dois países podem dar "exemplo de solidariedade e autossuficiência entre as principais potências do Sul Global e construir em conjunto um mundo mais justo e um planeta mais sustentável".
Segundo Pequim, a chamada foi feita a pedido de Lula, que informou Xi sobre os recentes avanços nas relações Brasil-EUA e reiterou a "postura de princípios" de Brasília em defesa da sua soberania.
O Presidente brasileiro elogiou a "adesão da China ao multilateralismo, a defesa das normas do comércio livre e o seu papel responsável nos assuntos internacionais".
Em julho, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 10% sobre todos os produtos do Brasil e um imposto adicional de 40% sobre alguns bens específicos, levando Brasília a solicitar à Organização Mundial do Comércio (OMC) a abertura de um processo de consultas.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estimou que estas tarifas poderão reduzir o PIB brasileiro em 0,16%.
Xi e Lula reuniram-se em maio passado, em Pequim, no âmbito da IV Reunião Ministerial China -- CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), ocasião em que afirmaram estar "decididos a unir-se contra o unilateralismo e o protecionismo" e manifestaram apoio a "um comércio justo baseado em regras".
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil, com as trocas bilaterais a atingirem em 2023 um recorde de 157.500 milhões de dólares (135.500 milhões de euros), gerando um excedente de 51.100 milhões (quase 44 milhões de euros) para o país sul-americano.
Recentemente, Pequim autorizou 183 novas empresas brasileiras a exportar café para o mercado chinês, pouco depois de Washington anunciar as tarifas contra os produtos do Brasil.
Além do comércio, os dois países têm reforçado a coordenação geopolítica e defendido em conjunto um cessar-fogo nos conflitos de Gaza e Ucrânia.
Apesar da aproximação bilateral, Xi faltou à cimeira anual do bloco de economias emergentes BRICS, em junho, no Rio de Janeiro, do qual China e Brasil são membros fundadores.
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