Presidente enaltece relatório da Agência que revela "a pressão exercida" sobre os funcionários ucranianos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou esta terça-feira o relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), por "mencionar a presença de equipamentos militares russos" na central de Zaporijia e "a pressão exercida" sobre os funcionários ucranianos.
"O relatório menciona a presença de equipamento militar russo no complexo da central nuclear, a pressão exercida sobre os nossos funcionários e claramente faz alusão à ocupação militar russa. Isso é uma coisa boa", realçou o chefe de Estado ucraniano, durante a sua habitual mensagem diária noturna dirigida à nação.
A AIEA exigiu esta terça-feira o estabelecimento de uma "zona de segurança" em redor da central nuclear ucraniana de Zaporijia, ocupada pelos russos, para evitar um acidente grave.
"A situação atual é insustentável", escreve o órgão das Nações Unidas num relatório de 52 páginas.
A AIEA, que se afirma pronta para iniciar as discussões para a criação de uma "zona de segurança", insiste na ideia de que os bombardeamentos na zona devem cessar "imediatamente", de forma a evitar mais danos às instalações.
O órgão de fiscalização nuclear da ONU observa também as condições de trabalho "extremamente 'stressantes'" em que os funcionários ucranianos se encontram na central, ocupada pelas tropas russas e desligada da rede elétrica ucraniana desde a tarde de segunda-feira.
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente de ataques contra a central, que têm feito recear um desastre nuclear.
Após esforços diplomáticos, uma delegação da AIEA teve acesso na semana passada às instalações e teve a oportunidade de constatar a situação no terreno.
Desde segunda-feira, dois inspetores estão permanentemente na central nuclear ucraniana de Zaporijia, após outros seis especialistas que fizeram inspeções nos últimos dias terem abandonado o local.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, controla a central de Zaporijia (sul) desde 4 de março.
Com seis reatores nucleares, a central é a maior do género na Europa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou esta terça-feira no seu 195.º dia, 5.718 civis mortos e 8.199 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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