Carlos Rodrigues

Diretor

"Para o governo, Lisboa é o maior risco. Para o PS, o Porto é a maior esperança"

18 de setembro de 2025 às 00:32
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As circunstâncias da vida têm afastado as autárquicas dos holofotes. Parecendo que não, faltam pouco mais de 3 semanas. Não obstante, pouco ou nada se tem falado das eleições municipais. Em vez das câmaras, temos todos dado muito mais atenção às presidenciais, e até ao Benfica, cujo escrutínio ocupa o espaço mediático como raramente acontece.

Convém, porém, não menosprezar o efeito político da ida às urnas nas aldeias, nas vilas e nas cidades do nosso país. Não voltaremos ao tempo em que Guterres aproveitou os resultados autárquicos para sair da governação. Mas nada vai ficar como dantes na vida partidária nacional, seja qual for o resultado.

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Para o governo, Lisboa é o maior risco. Perder a capital seria pesada derrota simbólica. Tirando isso, há pouco perigo, porque o resultado do tempo de Rui Rio é muito fraco.

Pelo contrário, o PS tem vida difícil, porque ganha as autárquicas há muitos anos, e por muitos. José Luís Carneiro deve baixar a expectativa: basta ganhar com mais câmaras que a AD. A vitória numa grande cidade, como o Porto, seria forte reforço para o líder.

PCP e Chega têm percursos diferentes. Os comunistas jogam tudo na manutenção de algum poder autárquico. Conseguirá Paulo Raimundo fazê-lo? O Chega compara com uma eleição em que não ganhou nenhuma câmara e obteve apenas 4% dos votos. Será um passeio no parque para Ventura manter o partido a crescer.

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