Carlos Anjos

Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de Crimes

Haja juízo

23 de janeiro de 2015 às 00:30
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A violência doméstica e as mortes de mulheres às mãos dos companheiros continuam a acontecer em Portugal de uma forma que envergonha todos.

O ano de 2013 fechou com a morte de 42 mulheres e, ontem, em Setúbal, ocorreu a morte da primeira mulher em 2015. Temos todos de fazer um enorme esforço para melhorar estes números trágicos. E todos aqueles que são figuras públicas deviam participar neste esforço nacional.

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Não é isso que vimos na tragédia que é o caso que opõe Carrilho a Bárbara Guimarães. A forma como este caso tem sido gerido é trágica e vergonhosa.

Segundo a acusação do Ministério Público, Carrilho terá agredido a mulher. Ela, para impedir a continuação do problema, mudou fechaduras e impediu-o de entrar em casa. Esta situação deu um escândalo nacional. Mas as partes conseguiram chegar a um acordo. Divorciaram-se, fizeram as partilhas e resolveram o poder paternal.

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O problema tinha acabado.

Nada disso. Ele é brigas na entrega dos filhos, entrevistas, comentários no Facebook, uma desgraça completa, que em nada dignifica as partes.

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