Quando a professora Constança, numa altura em que, para desgraça da República, ainda era ministra, salienta que não teve férias, está a reclamar para si um mérito, muito próprio, de quem se compara com o seu chefe, no caso o primeiro-ministro, e sente que se sacrificou mais do que ele.
Sacrificou-se mais do que ele, sobretudo quando andou, no seu jeito atarantado, a aguentar os efeitos da tragédia de Pedrógão, enquanto Costa gozava uns dias de descanso, longe do caos da nação, numa qualquer praia espanhola. E assim se percebe que talvez estivessem bem um para o outro. Essa é a conclusão política mais perturbadora destes dias malditos em Portugal.
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