Marcos Perestrello

Deputado do PS

Sonâmbulo

15 de junho de 2025 às 00:30
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A semana que passou ficou negativamente marcada por agressões físicas, indissociáveis do movimento político de extrema direita que cresce em Portugal, na Europa e nos Estados Unidos da América.

Não surpreende que o líder político da extrema direita portuguesa não tenha condenado incondicionalmente essa violência, afinal, ela é motivada pelo seu discurso político, que incentiva o ódio e a agressividade, primeiro verbal, depois psicológica, social e física.

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É surpreendente, contudo, ver dirigentes do PSD, em particular o Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a relativizar a gravidade dessa violência com considerações abstratas sobre como toda a violência é negativa e quanto tão má é a violência da extrema direita como a da extrema esquerda. Ainda que as afirmações de Carlos Moedas sejam verdadeiras, Portugal não enfrenta um problema abstrato de violência nem está sob ameaça dos comunistas ou da extrema esquerda (isso aconteceu em 1975 e o PS combateu-os e venceu-os), pelo contrário, vivemos um problema concreto de violência politicamente incentivada pela extrema direita. É essa ameaça que precisa de combate político. Se o PSD optar por passar por esta ameaça como um sonâmbulo, quando acordar pode ser tarde!

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