Joaquim Leonardo
Portugal ao longo das últimas décadas tem sido fustigado por grandes e em alguns casos, catastróficos incêndios florestais. Quando a temperatura aumenta, especialmente ondas de calor, todos ficamos cientes que em algumas regiões do país o risco de incêndio aumenta também.
Desde 2017 muita coisa mudou, aperfeiçoou-se o dispositivo de combate e aumentou-se o investimento na prevenção e combate aos fogos. Só na prevenção de incêndios passámos de um orçamento anual de 23 milhões de euros em 2017, para 364 milhões em 2021 e até 2030.
Reduzimos as ignições, mas continuamos a ser dos países que mais ardem. Em 2020 apenas a Roménia teve mais área ardida do que Portugal, ao nível Europeu.
Melhorámos muito na segurança das pessoas, essencialmente devido ao sucesso do programa "aldeias seguras, pessoas seguras". Mas nada nos garante que a catástrofe de 2017 não se possa repetir. Na verdade as redes primárias de gestão de combustível sofreram poucas alterações. Muito trabalho está ainda por fazer, a paisagem está igual e em alguns casos até pior.
O Ministro Eduardo Cabrita tem salientado os bons resultados do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), mas sabemos que desde 2017 as condições climatéricas foram bastante favoráveis e a verdadeira prova de fogo ao sistema ainda não chegou.
Portugal continua muito vulnerável em relação ao risco de incêndio florestal e rural. Resta-nos esperar que nestes dias que se avizinham haja poucas ignições e as que houver não se tornem grandes incêndios. Mais uma vez ficamos dependentes da eficácia das operações de combate.
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