O aumento muito significativo da cobrança fiscal coerciva poderia ser uma boa notícia se vivêssemos numa sociedade mais igualitária e redistributiva.
Significaria que o combate à fraude e evasão fiscais estava ao serviço de um Estado respeitador dos direitos dos contribuintes, que trabalhava para uma melhor saúde e proteção social.
Como bem sabemos, nada disso é assim. Temos um Fisco com uma força cega e bruta, entregue a uma ideia de eficácia informática na justiça tributária que penaliza sobretudo os mais fracos. Temos um Fisco que cobra a tudo o que respira para pagar quase e só os buracos do Estado. Com os partidos em campanha a assobiarem para o lado.
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