Nos bastidores da maioria parlamentar já há quem faça contas ao mandato da procuradora-geral da República, que acaba em outubro de 2018.
O desconforto em alguns setores do PS, BE e PCP com Joana Marques Vidal é evidente.
O círculo dos amigos de Sócrates, que inclui figuras como Francisco Louçã mas já não António Costa, não perdoa o processo ao ex-primeiro-ministro.
Não é a acusação que há de chegar em setembro que os incomoda, mas o facto de o processo ter existido.
Já na atual liderança é evidente o desconforto com a acusação que aí vem contra os três ex-secretários de Estado que viajaram por conta da Galp ao Euro 2016.
Congeminam, portanto, agarrados à tradição vigente desde Cunha Rodrigues, que o mandato de 5 anos não será renovado.
Não será desta, a menos que o Presidente da República baralhe o jogo, que a tradição será quebrada. Recorde-se que o procurador-geral é nomeado pelo Presidente mediante proposta do Governo.
A irritação vai a ponto tal que há quem aposte no mais surreal dos cenários, o da atual ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, sair numa próxima remodelação para fazer o caminho para aquele cargo.
É uma maldade para a ministra que anda por algumas cabecinhas perigosas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt