Fidel Castro derrubou um ditador mas nunca construiu uma democracia. O sonho foi morrendo no muro real e metafórico do Malecón e das praias de onde partiam famílias de balseiros. O repugnante bloqueio norte-americano não explica tudo. Basta prezar a inteligência e não o romantismo revolucionário.
Estive em Cuba em 1999 e percebi isso. Castro mantinha o regime dominado pela violência. Os que chegaram a acreditar mas se desiludiram foram tão esmagados como os que ousaram contestar.
É isso que Cabrera Infante nos conta nos seus livros. A inteligência e a coragem de dizer não estavam excluídas do regime de Castro. Desde logo por isso a história não o absolverá.
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