'Quando vires um cágado em cima de uma árvore, não penses que foi ele que subiu, alguém o lá pôs’. Este velho ditado aplica-se como uma luva aos casos de corrupção na Defesa. E aos outros, conhecidos ou ainda impunes, que corroem o aparelho do Estado. Basta substituir a palavra cágado por ‘puta’, várias vezes transcrita nas escutas a altos quadros da Defesa. Estamos a cair num Estado bordel.
Quando vemos a despesa pública com Saúde disparar mais de quatro mil milhões de euros, em cinco anos, devíamos exigir saber para onde escorreu cada cêntimo. Para onde terá ido este acréscimo de despesa, que já perdeu o móbil da pandemia? Sabemos que não melhorou a situação dos profissionais do setor, nem a qualidade dos serviços prestados aos utentes. Poucos entram no Serviço Nacional de Saúde se puderem fazer carreira no privado ou emigrar. Então, para onde foi o dinheiro? Sabemos que as macas das ambulâncias continuam a reter bombeiros às portas dos hospitais, enquanto os doentes agonizam nos corredores. Sabemos das filas para uma simples consulta e do escandaloso tempo de espera para cirurgias essenciais. Como está a ser gasto o saque dos nossos impostos?
As escutas, reveladas no CM a altos quadros da Defesa, ilustram seguramente um comportamento transversal a vários setores do Estado. Também o poder autárquico se emporcalha com o escândalo de Espinho.
Cada vez se percebe melhor por que não aceita a nossa classe dirigente a instituição do mecanismo de colaboração premiada. Rameiras denunciarem proxenetas não é de bom tom.
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