A quase dois meses das Eleições Diretas para a liderança do PSD, os dois candidatos já anunciados fazem-se à estrada, apresentam ideias, somam apoios (dentro e fora do aparelho).
A este propósito, se há quem defenda que a eleição do líder do Partido deveria seguir um modelo mais à americana, com base em primárias abertas a simpatizantes e demais cidadãos, – assim garantindo o alinhamento com a "opinião do País" - eu sou dos que gostariam de assistir ao regresso do modelo anterior, com eleição em Congresso pelos representantes escolhidos pelas diferentes estruturas e territórios.
Numa situação como a atual, em que dificilmente os candidatos se podem transfigurar face à imagem que os militantes têm de um e de outro, o prolongamento da campanha eleitoral só pode resvalar para o ataque pessoal que apenas servirá para municiar os adversários no futuro, pouco acrescentando ao debate sobre o caminho que o Partido deve seguir ao longo dos próximos anos.
É certo que Rui Rio e Pedro Santana Lopes têm poucas afinidades para lá da longevidade do seu percurso de dedicação ao Partido e à causa pública. É igualmente incontestável que os estilos e perfis de possível liderança que um e outro corporizam são também substancialmente diferentes. Como seriam diferentes as relações que poderiam estabelecer, enquanto líderes do PSD, com o Governo e o Presidente da República em funções.
Mas, em verdade, não é fácil assumir que uma via seja absolutamente mais certa ou melhor que a outra. Entre fragilidades e virtudes, cada militante poderá fazer o seu juízo sobre aquela alternativa que mais lhe agrada ou que mais se adequa ao momento do Partido e do País.
E é também por isso que manterei a minha neutralidade até ao dia 13 de Janeiro, data em que não deixarei de exercer o meu direito de voto como militante de base.
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