Há um erro de análise na ‘vitória’ por 3-2 do Benfica em Braga, que terminou 2-2. Não do lance que levou à leitura irónica de José Mourinho e indignação de Rui Costa. Essa depende do observador. Na Luz não se vê falta nenhuma, foi limpinho, limpinho, clarinho como a água. Mas outros detetarão ali um valente empurrão, que, se fossemos nós a ‘vítima’, metíamos baixa por um mês. Tema de conversa para as próximas semanas, quem sabe meses, que um jogo tem noventa minutos, mas o rescaldo leva uma eternidade a passar, como se fosse a coisa mais importante das nossas vidas. Não é, felizmente. É apenas um jogo.
Mas voltemos ao erro de análise. Se a bola que entrou na baliza, mas não foi golo, tivesse contado, quem garante que o Benfica ganhava 3-2? Não havia jogo dali para a frente? Até podia ganhar por quatro ou cinco, sabe-se lá. Ou o Braga operar uma reviravolta espetacular, num milagre do Bom Jesus. Nunca saberemos.
Estas análises enviesadas são um erro comum. Há quem chore um penálti não assinado, não importa o minuto, que daria o empate ou a vitória, dizem, mesmo sem saberem se a bola entrava ou não. Talvez seja por coisas destas que o futebol é este mundo de emoções sem paralelo. Mas não deixa de ser intrigante para quem o jogo acaba no apito final, como nos filmes quando aparece ‘The End’. Foi bonito, ou nem por isso, mas o resto é história, é passado. Entretém, até pode dar para contar aos netos, mas não muda nada.
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