Factos: João Galamba declarou ontem, na comissão de inquérito à TAP, que só pode esclarecer o que viu, fez ou disse. Invocou muitas testemunhas a favor da sua tese e do seu gabinete contra Frederico Pinheiro mas, no entanto, não sabe quem mandou fechar o ministério na noite das agressões.Meteu toda a gente ao barulho numa questão de murros e de ilegalidades diversas, sobretudo a ajuda pedida à ‘secreta’. Responsabilidade política não é com ele. Não está no seu dicionário. Pelo que se viu, a sua especialidade é mesmo lavar cinicamente as mãos. Como Pôncio Pilatos. Muito à maneira do animal feroz que habita debaixo da sua pele, como cantaria Sinatra, e que lhe deixou um vasto património de tiques e técnicas de ilusão diversas.
Não sabe como se passaram as agressões, mas atribuiu-as ao ex-assessor. Não sabe quem chamou o SIS porque não teve intervenção nos factos. Deixou a despesa para a chefe de gabinete. Não sabe, sequer, em que momento recebeu informação sobre a escabrosa ação do SIS. Nem sempre a comunicação entre si e a sua inigualável chefe de gabinete é brilhante, pelos vistos. Galamba não sabe nada e, por isso, também foi uma metralhadora descontrolada dentro do Governo. Disparou para os ministros da Administração Interna, da Justiça, o gabinete do próprio primeiro-ministro.
Meteu toda a gente ao barulho numa questão de murros e de ilegalidades diversas, sobretudo a ajuda pedida à ‘secreta’. Responsabilidade política não é com ele. Não está no seu dicionário. Pelo que se viu, a sua especialidade é mesmo lavar cinicamente as mãos. Como Pôncio Pilatos. Muito à maneira do animal feroz que habita debaixo da sua pele, como cantaria Sinatra, e que lhe deixou um vasto património de tiques e técnicas de ilusão diversas.
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