Armando Esteves Pereira

Diretor-Geral Editorial Adjunto

Golpes na TAP

19 de novembro de 2025 às 00:31
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A privatização da TAP na 25ª hora de um governo que estava a cessar funções tem episódios manhosos.  Obviamente os ditos investidores que ficaram com a empresa fizeram operações financeiras que levaram a que na prática tenha sido a própria TAP a pagar a compra. Trata-se de um exemplo do velho do golpe de comprar o cão com o pelo do próprio animal. Mas depois de privatizada, este era um assunto da empresa e dos  seus donos. O grande azar dos contribuintes foi a decisão política de voltar a renacionalizar a companhia de bandeira, um erro colossal que agradou ao investidor americano,  que sacou mais uns milhões, enquanto nós contribuintes suportamos um bilhete superior a 3 mil milhões de euros que nunca será ressarcido. Se não fosse a decisão estúpida e cega de Pedro Nuno Santos e António Costa, o problema da TAP seria hoje o dos seus acionistas. A privatização no fim do governo de Passos Coelho foi atrapalhada, mas o Estado fez o que devia, entregar a TAP a privados.  O golpe que lesou os portugueses foi o de reverter esta decisão. A TAP pelo peso que tem e pelas suas ligações é importante para o País, mas não deveríamos pagar uma fatura tão pesada. Esta é mais uma triste história onde abundam fabulosos lucros de privados e inacreditáveis prejuízos públicos.   

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