Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoIndependência de Portugal
01 de dezembro de 2025 às 00:31Muitos portugueses já nem sequer sabem qual o motivo por que hoje é feriado, mas a Restauração da Independência é dos dias mais decisivos para a existência atual de Portugal como Estado soberano e como nação distinta nesta Península Ibérica, onde Castela sempre teve uma tentação hegemónica. Portugal está com 900 anos de história e tem as fronteiras mais antigas da Europa, um feito notável, porque nos momentos mais críticos houve um povo que prezou a sua Independência. Foi assim na crise de 1383-1385, quando o povo de Lisboa iniciou uma revolta contra a sucessão dinástica que entregaria o País a uma coroa estrangeira.
Lisboa resistiu ao cerco e em agosto de 1385 Portugal liberta-se desse assédio na Batalha de Aljubarrota. Mas essa dinastia da ínclita geração, da expansão ultramarina, acabou por causa de uma aventura desmedida de um rei pouco avisado e o País sofreu uma pesada derrota em Alcácer Quibir, acabando pouco depois nas mãos de Filipe II de Castela, que terá dito que o Reino de Portugal era dele porque o ‘herdou, comprou e conquistou’. Portugal e Espanha são hoje parceiros na UE e na NATO e é inevitável um elevado nível de interdependência económica, mas é importante salvaguardar sempre a soberania do País e é importante defender Portugal e saber que os interesses estratégicos nacionais não se podem definir nem em Madrid, nem em Bruxelas, Frankfurt ou qualquer outro sítio fora de Portugal.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt