Alfredo Leite

Jornalista

Israel e o abismo

25 de maio de 2025 às 00:31
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A asfixia alimentar, territorial e demográfica dos palestinianos está a mobilizar timidamente o Mundo para pressionar Israel a acabar com a ofensiva militar em Gaza e autorizar a entrada urgente de ajuda humanitária. O presidente do governo espanhol tem encabeçado com veemência a indignação internacional e ontem, durante a reunião da Internacional Socialista, pediu a Israel que “interrompa imediatamente” a operação militar em Gaza, lembrando que o território “pertence e continuará a pertencer aos palestinianos”.

Pedro Sánchez explicou, ainda, que pretende apresentar uma resolução na ONU a exigir a entrada imediata de ajuda humanitária. A iniciativa do líder espanhol, que muitos consideram ser uma fuga para a frente - tantas são as polémicas que envolvem Sánchez em Madrid –, arriscam esbarrar na radicalização crescente de Benjamin Netanyahu.

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O primeiro-ministro israelita acaba de nomear para a chefia do Shin Bet, a principal agência de segurança interna do país, o major-general David Zini, um militar que se manifestou contra “acordos de reféns” por considerar que “esta é uma guerra eterna”. Embora estas declarações tenham sido proferidas há meses, a questão é que, agora, como chefe do Shin Bet, Zini participará nas negociações sobre um possível um acordo para Gaza. E essa é uma péssima notícia não só para os reféns, mas também para os palestinianos.

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