Se alguma dúvida existisse que o primeiro-ministro de Israel tudo fará para se perpetuar no poder e, dessa forma, contornar as acusações que enfrenta na justiça, uma investigação do New York Times desfaz equívocos. Escreve o diário que Benjamim Netanyahu partilhou informação altamente confidencial três dias antes dos ataques israelitas contra o Irão com Moshe Gafni, líder do Judaísmo Unido pela Torá, aliança que apesar de ocupar apenas sete lugares no Knesset aparenta ter na mão o Likud de Netanyahu. Porquê? A aliança de dois partidos ultra-ortodoxos há muito que ameaça Netanyahu com o abandono da frágil coligação que sustenta o primeiro-ministro se o executivo judaico insistir em mobilizar para o esforço de guerra israelita os jovens estudantes de teologia do Judaísmo Unido pela Torá que, apesar do apoio à guerra em Gaza, recusam engrossar as fileiras. Consciente que um ataque ao Irão para destruir a capacidade nuclear de Ali Khamenei agradaria aos ultra-ortodoxos, Netanyahu revelou dados altamente confidenciais da ofensiva histórico ataque contra Teerão com quem não devia. Dessa forma, Netanyahu travou a aprovação de uma moção de censura que provavelmente derrubaria o governo. Como após os ataques ao Irão, Gafni continua a ameaçar Netanyahu a dúvida é legitima: O que mais fará Netanyahu para garantir que os ultra-ortodoxos o mantêm no poder?
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