Défice dá guerra entre PS e CDS
PS diz que a despesa central subiu 2,7% até ao fim de junho.
Quem sabe fazer as contas? A resposta a esta pergunta dominou ontem a pré-campanha, com o coordenador económico do PS, Mário Centeno, a defender que "um Governo que apresenta défices na ordem dos 7,3% e 5,4% não sabe fazer contas".
Horas antes, o vice-presidente do CDS, Mota Soares, sustentou que as medidas do PS vão atirar o défice público para os 3,6 por cento em 2016, um número que "arrasa qualquer promessa eleitoral" e que coloca Portugal no grupo dos incumpridores na Europa.
Para Mota Soares só a redução da TSU (Taxa Social Única) tem um impacto de 633 milhões de euros. E soma à lista mais medidas: a renovação de apoios sociais (108 milhões de euros), a eliminação da sobretaxa (400 milhões), o IVA da restauração (350 milhões) e o complemento salarial (394 milhões), que pressionam o défice para os 4,1%, sem medidas de equilíbrio.
Segundo o CDS, a racionalização nos serviços públicos do PS – que pode atirar 13 mil funcionários para a requalificação –, o imposto sucessório para heranças e a penalização das empresas com trabalho precário totalizam um défice de 3,6 por cento.
Na resposta, Centeno advogou: "A despesa da administração central subiu no primeiro semestre 2,7% e os impostos sobem porque não são feitos reembolsos. Assim, com o dinheiro dos outros é fácil."
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