Marcelo operado de urgência avalia documentos no hospital
Chefe de Estado foi operado a uma hérnia umbilical uma semana mais cedo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi ontem operado de urgência a uma hérnia umbilical que estava estrangulada ou encarcerada. Espera-se que o Chefe de Estado tenha alta dentro de 48 horas, ou seja, sábado. Até lá, pode trabalhar no quarto do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, e avaliar documentos.
A cirurgia, que demorou cerca de uma hora, "correu bem", segundo o diretor clínico de Cirurgia do hospital, Eduardo Barroso, que a executou devido à urgência da mesma. "O intestino meteu-se no orifício da hérnia. Obrigava a uma intervenção de urgência que, felizmente foi feita", explicou Eduardo Barroso, sublinhando que foi realizado um pequeno corte no intestino.
Sobre a alta médica, o cirurgião explicou que, de facto, é possível que o Presidente possa sair dentro de 48 horas, mas isso "depende da pressão que ele [Marcelo Rebelo de Sousa] fizer". Se o Presidente "quiser ir para casa mais cedo" pode, disse o cirurgião, que adiantou que o irá ver a casa se for necessário.
O Presidente já tinha uma intervenção cirúrgica marcada para 4 de janeiro para resolver o problema desta hérnia, mas a operação foi antecipada para ontem, depois de o médico da Presidência, Daniel Matos, ter diagnosticado que a hérnia estava estrangulada.
Marcelo Rebelo de Sousa já tinha alertado o primeiro-ministro, António Costa, para o problema de saúde que o obrigaria a ausentar-se em janeiro. Antes de se dirigir ao hospital para ser operado, o Chefe de Estado avisou o presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues.
Ferro não substitui Marcelo no cargo
De acordo com a lei, é o presidente da Assembleia quem substitui Marcelo em caso de "impedimento temporário". Ferro Rodrigues rejeitou substituir o Presidente no cargo por considerar "que não existe essa situação".
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