Costa diz que "acabou o mito de que só a direita sabe governar"
Líder do PS usa história do partido para projetar futuro.
Foi um discurso feito de avanços e recuos no tempo aquele que António Costa preparou para a arranque do 22º Congresso do PS, que esta sexta-feira abriu portas na Batalha, distrito de Leiria. Num percurso em que intermediou episódios dos 45 anos de história do partido, o líder socialista projetou também quatro desafios futuros e, sobre o presente, fez questão de afirmar que se está a viver o fim de um "mito": o de que "só a direita sabe governar a Economia".
"Se há algo de que nos devemos orgulhar é que acabámos com o mito de que a direita é que sabe governar a Economia e as finanças públicas", afirmou António Costa, pouco depois de ter recorrido aos resultados obtidos pelo Governo no plano económico.
Num discurso em que piscou um olho aos partidos à esquerda do PS, ao dizer que a atual solução governativa permitiu acabar com "o absurdo arco da governação", não deixou de se virar também para a oposição, ao reafirmar o europeísmo socialista.
Por fim, António Costa projetou quatro desafios para o futuro do País, que diz serem também uma responsabilidade assente nos valores históricos do PS. O combate às alterações climáticas, a criação de políticas para combater o problema demográfico, a aposta numa revolução digital ao serviço das pessoas e o reforço da luta contra as desigualdades.
Reunião magna com homenagem a Mário Soares
Num congresso que abriu ao som da 'Tourada', de Fernando Tordo e Ary dos Santos, foram 25 os minutos de espetáculo de homenagem ao fundador do partido, Mário Soares. Imagens e sons recordaram os 45 anos do PS e os momentos altos de Soares.
Secretariado integra sete governantes
O líder do PS, António Costa, decidiu promover ao Secretariado Nacional, o órgão de direção formal deste partido, sete membros do seu Governo.
Entre os novos membros daquele órgão político estão o ministro das Infraestruturas e Equipamento, Pedro Marques, e os secretários de Estado Alexandra Leitão, Ana Mendes Godinho, Graça Fonseca, Marcos Perestrello, Mariana Vieira da Silva e Pedro Nuno Santos.
Segundo fonte do PS, com esta nova equipa, Costa quer renovar politicamente o secretariado, visando os três atos eleitorais de 2019: regionais da Madeira, europeias e legislativas.
Um ator em busca de assinaturas
O ator Paulo Matos era esta sexta-feira um homem ocupado. Não havia delegado ao congresso que não abordasse, pedindo assinaturas para uma moção que visa criar um Serviço Nacional Público de Cultura. João Soares foi um dos que não assinaram no momento, por ainda não ter lido o texto da proposta. Ao CM, o ator disse ter esperança que "o PS recomende ao Governo tornar a Cultura numa prioridade nacional".
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