Pressão sobre ADSE prejudica 435 mil pessoas

Grupo Luz Saúde denuncia convenção e Grupo José de Mello Saúde suspende acordo.

13 de fevereiro de 2019 às 08:54
Conselho Diretivo da ADSE está a ser pressionado pelo Conselho Geral e de Supervisão a negociar com os prestadores privados de cuidados de saúde Foto: Bruno Colaço
Sede da ADSE, em Lisboa Foto: Bruno Colaço
ADSE Foto: Bruno Colaço
ADSE Foto: Miguel Baltazar

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Cerca de 435 mil beneficiários da ADSE que utilizam os hospitais dos grupos Luz Saúde e José de Mello Saúde – Hospital da Luz e unidades da CUF – arriscam ser penalizados na guerra travada entre dois dos maiores prestadores privados de saúde e a ADSE.

A Luz Saúde denunciou a convenção com efeitos a partir de 15 de abril e a José de Mello Saúde suspendeu com efeitos a partir de 12 de abril.

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"Apesar de todos os nossos esforços no sentido de o evitar, informamos que os hospitais e clínicas da rede Hospital da Luz se veem obrigados, a partir de 15 de abril, a deixar de prestar os serviços ao abrigo das convenções celebradas com a ADSE", lê-se no comunicado da Luz Saúde.

A decisão, adianta o grupo, afeta "a vida de mais de 250 mil clientes beneficiários deste subsistema", mas "não existe outra alternativa", garante.

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"A José de Mello Saúde suspendeu a Convenção com a ADSE para a prestação de cuidados de saúde aos seus beneficiários em toda a rede CUF", lê-se no comunicado do grupo José de Mello.

O CM sabe que há 185 mil beneficiários da ADSE a usar regularmente as unidades CUF. Ambos os prestadores admitem disponibilizar uma tabela de preços específicos para os beneficiários da ADSE caso, até 12 e 15 de abril, não seja encontrado um acordo com aquele subsistema de saúde.

Ontem, o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE – que junta representantes da direção, do Estado, dos sindicatos e dos beneficiários – aprovou uma resolução por unanimidade na qual pede "aos prestadores de saúde e ao conselho diretivo da ADSE um urgente diálogo" que "permita encontrar soluções adequadas para a prestação de serviços de saúde de qualidade, a preços justos, sem discriminações e garantindo fiabilidade às diferentes entidades envolvidas".

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Também o Presidente da República pediu "bom senso".

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