Rossio enche em pleno confinamento para ouvir Jerónimo de Sousa no centenário do PCP
Secretário-geral comunista recusa ser “força de apoio do PS” e ataca as políticas reacionárias da direita.
O líder comunista também não poupou críticas à direita. Para Jerónimo de Sousa, “as forças reacionárias, a ação revanchista de PSD e CDS e dos seus sucedâneos, Chega e Iniciativa Liberal, visam a subversão da Constituição, fomentam o medo, tensões racistas, xenófobas e racistas. A direita quer um regresso ao passado”, insistiu. “E o PS no essencial não mudou”, atirou novamente o líder do PCP contra os socialistas.Ao falar do projeto do seu partido, de “verdadeira alternativa”, Jerónimo de Sousa pediu “luta e convergência dos democratas e patriotas”, que “não se conformam com um país reduzido a uma simples região da União Europeia”. PORMENORES
Costa felicita partidoO primeiro-ministro, António Costa, felicitou o PCP pelo centenário do partido, congratulando-se com a “forma franca” como nos últimos anos se encontraram “respostas comuns” para os problemas de Portugal, com respeito pela identidade “de uma esquerda plural”.Cinco líderesLiderado por Jerónimo de Sousa desde 2004, o PCP já teve outros quatro secretários-gerais nas últimas décadas: José Carlos Rates (1923-1925), Bento Gonçalves (1929-1942), Álvaro Cunhal (1961-1992), Carlos Carvalhas (1992-2004).Cavaco quer PSD a atrair eleitores do PS para regressar ao poder
O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva defendeu este sábado que, para voltar ao poder, o PSD terá de conseguir atrair “eleitores que votaram PS” no passado, aconselhando os dirigentes sociais-democratas a evitarem falar sobre “outros partidos”, aludindo ao Chega.Numa participação, por videoconferência, na Academia de Formação Política das Mulheres Sociais-Democratas, Cavaco Silva deixou fortes críticas ao atual Governo, mas também fez questão de falar para o partido que liderou, considerando que este tipo de iniciativas tem de debater “a estratégia mais adequada” para os sociais-democratas voltarem ao Governo. “Parece-me claro que o adversário político do PSD é o atual Governo e o partido de que ele emerge.”Sobre o País, Cavaco afirmou que hoje vive “numa situação de democracia amordaçada” e considerou ainda que causam “vergonha” os números recentes da pandemia.
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