Tabu sobre recandidatura de Rui Rio leva aliados a equacionarem alternativa
Se líder não avançar, Moreira da Silva é visto como um nome a colocar sobre a mesa.
O tabu em torno da recandidatura de Rui Rio a presidente do PSD está a levar alguns dos seus apoiantes a equacionar eventuais nomes que possam disputar a liderança social-democrata com Paulo Rangel, cuja candidatura foi oficializada esta sexta-feira. Um dos nomes falados é o de Jorge Moreira da Silva, antigo ministro do Ambiente, segundo notícia avançada este sábado pelo ‘Expresso’.
O nome do atual diretor-geral de Desenvolvimento e Cooperação da OCDE, e também ex-líder da JSD, já tinha sido equacionado, por ter um perfil considerado mais adequado para o cargo de primeiro-ministro, em contraste com Rangel, cuja combatividade é vista entre os sociais-democratas como uma característica que o qualifica sobretudo para fazer uma oposição mais forte ao atual Governo de António Costa.
Enquanto Rui Rio persiste em manter o silêncio sobre a sua eventual recandidatura, Paulo Rangel está a reforçar as ‘tropas’ que o apoiam, somando aliados nas distritais mais a norte, como o Porto ou Aveiro. E também entre antigos pré-candidatos à liderança, como Miguel Pinto Luz, que se colocou ao seu lado ainda antes de oficializar
As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD decorrem a 4 de dezembro. O atual líder, Rui Rio, pretendia o seu adiamento, devido a uma eventual crise política em torno da aprovação do Orçamento, que poderia fazer cair o Governo.
Últimas foram em 2020
As últimas eleições diretas para eleger o presidente do PSD realizaram-se em janeiro de 2020, com uma inédita segunda volta entre Rui Rio e Luís Montenegro. O atual líder do partido acabaria por arrecadar 53,2% dos votos expressos.
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