"Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram nem derrotaram o PS", garante António Costa

"Uma nova geração significa um novo impulso", notou o secretário-geral cessante sobre Pedro Nuno Santos.

05 de janeiro de 2024 às 19:48
António Costa Foto: António Cotrim/Lusa
António Costa Foto: Vítor Mota
Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro Foto: Vítor Mota
Marta Temido Foto: Vítor Mota

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O novo secretário-geral, Pedro Nuno Santos, chegou ao Pavilhão 1 da Feira das Indústrias de Lisboa (FIL) juntamente com José Luís Carneiro, candidato derrotado nas eleições diretas. À entrada para Congresso, diversas personalidades do partido prestaram declarações aos jornalistas, entre as quais o próprio primeiro-ministro. António Costa reagiu às suspeitas de prevaricação de que é alvo devido à aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros do dia 19 de outubro de 2023.

O Ministério Público (MP) acredita no envolvimento do primeiro-ministro numa lei negociada entre Tiago Silveira e o ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, para beneficiar a empresa Start Campus. "A vossa curiosidade é idêntica à minha. Não vou falar com a justiça através da comunicação social. Quando a justiça quiser falar comigo terei todo gosto", declarou António Costa.

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Discurso de despedida

No discurso proferido durante o Congresso, António Costa desejou felicidades "ao novo líder" e sublinhou o "amplo espaço político" representado pelo PS. O secretário-geral cessante confia na capacidade de Pedro Nuno Santos para "dar continuidade aos 50 anos de história" dos socialistas.

"Uma nova geração significa um novo impulso", notou, vincando que os muros à esquerda "nunca mais voltarão". O primeiro-ministro mencionou a "relação afetiva única" do PS com os portugueses, o "novo padrão de governabilidade" definido pelo partido e o alargamento da "sustentabilidade da Segurança Social". 

"O Presidente não nos deixou fazer a regionalização", lamentou.

Apontando à oposição, António Costa revelou "um segredo" durante a intervenção no Congresso: "O diabo não veio porque o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita".

De acordo com o secretário-geral cessante, "só o PS fará melhor que o PS". "Há problemas? Nós estamos cá", enfatizou. 

A intervenção terminou com um aviso. "Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram nem derrotaram o PS", vincou.

Marta Temido

Marta Temida lembrou os "anos difíceis que os portugueses venceram e os "ganhos fundamentais" trazidos pelo Governo de António Costa, a quem disse: "muito obrigado".

Quanto ao futuro do partido, a ex-ministra da Saúde e atual deputada prometeu união em torno do novo secretário-geral. Com a próxima legislatura em mente, a socialista assinalou que "a resposta é só uma, mais democracia", simultaneamente levando a cabo o "combate por melhores políticas públicas locais".

Duarte Cordeiro

O presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, Duarte Cordeiro, acusou a direita de ter "desejado e promovido" a crise política, e defendeu que podem provocar os socialistas, mas não os conseguirão derrotar.

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Discurso de despedida

No discurso proferido durante o Congresso, António Costa desejou felicidades "ao novo líder" e sublinhou o "amplo espaço político" representado pelo PS. O secretário-geral cessante confia na capacidade de Pedro Nuno Santos para "dar continuidade aos 50 anos de história" dos socialistas.

"Uma nova geração significa um novo impulso", notou, vincando que os muros à esquerda "nunca mais voltarão". O primeiro-ministro mencionou a "relação afetiva única" do PS com os portugueses, o "novo padrão de governabilidade" definido pelo partido e o alargamento da "sustentabilidade da Segurança Social". 

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"O Presidente não nos deixou fazer a regionalização", lamentou.

Apontando à oposição, António Costa revelou "um segredo" durante a intervenção no Congresso: "O diabo não veio porque o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita".

De acordo com o secretário-geral cessante, "só o PS fará melhor que o PS". "Há problemas? Nós estamos cá", enfatizou. 

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A intervenção terminou com um aviso. "Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram nem derrotaram o PS", vincou.

Marta Temido

Marta Temida lembrou os "anos difíceis que os portugueses venceram e os "ganhos fundamentais" trazidos pelo Governo de António Costa, a quem disse: "muito obrigado".

Quanto ao futuro do partido, a ex-ministra da Saúde e atual deputada prometeu união em torno do novo secretário-geral. Com a próxima legislatura em mente, a socialista assinalou que "a resposta é só uma, mais democracia", simultaneamente levando a cabo o "combate por melhores políticas públicas locais".

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Duarte Cordeiro

Duarte Cordeiro considerou que a reunião magna socialista se realiza após "uma crise política indesejada pelos socialistas, mas desejada e promovida pela direita".

"Uma crise provocada para perturbar o normal funcionamento das instituições, e cujo resultado foi interromper uma legislatura importante, onde estão em curso reformas fundamentais para melhorar a vida dos portugueses", afirmou.

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Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, elogiou o primeiro-ministro, rejeitou comentar casos judiciais e destacou a "grande capacidade de se unir" que tem o partido.

"Os casos judiciais não são discutidos politicamente como devem imaginar. Nós temos que ser muito disciplinados na defesa dos princípios básicos do estado de direito, independência do poder judicial e presunção de inocência", respondeu Pedro Nuno Santos, que chegou ao Pavilhão 1 da FIL minutos depois de António Costa.

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José Luís Carneiro

José Luís Carneiro, que foi adversário de Pedro Nuno Santos na corrida à liderança do PS, disse que quer contribuir para a unidade do partido baseada na pluralidade e deixou uma "palavra de gratidão" a António Costa.

À chegada ao Pavilhão 1 da FIL, José Luís Carneiro disse que o novo secretário-geral, Pedro Nuno Santos, pode contar com a sua "mobilização e empenho" para "garantir que os direitos fundamentais na economia e na sociedade não têm recuo e não andam para trás".

Fernando Medina 

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O dirigente socialista Fernando Medina recordou o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 pelos então parceiros de esquerda para criticar as "vozes delicodoces" do BE e defendeu que as soluções políticas devem ser encontradas após as legislativas.

Em declarações aos jornalistas à entrada para o Congresso, Fernando Medina disse ter ficado "um pouco impressionado" com as declarações da coordenadora do BE, Mariana Mortágua, esta manhã, em que se comprometeu a negociar um "acordo de maioria para um programa de Governo" de esquerda.

"Isso é um bocadinho para parecer que se pode votar com facilidade no BE, porque depois se entenderão com o PS. Ora, a história mostra-nos que não foi assim", referiu.

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Augusto Santos Silva

O presidente do parlamento recusou comentar notícias seletivas, que resultam de "uma filtração", indicando que o Ministério Público entende alegadamente que o primeiro-ministro é suspeito de crime de prevaricação no âmbito da Operação Influencer .

"Não dou valor a supostas notícias que resultam de uma filtração. Toda a gente percebe que [essa notícia] é seletiva, interessada", declarou Augusto Santos Silva à chegada ao 24.º Congresso Nacional do PS, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

O Congresso

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O 24.º Congresso Nacional do PS vai marcar a passagem de testemunho entre António Costa e Pedro Nuno Santos. O novo secretário-geral fala no sábado e no domingo, discursos que se esperam ser para dentro do partido, mas principalmente para fora. 

Outra certeza é a reeleição de Carlos César como presidente do partido. Não há outro candidato e essa é uma das primeiras votações previstas logo na abertura dos trabalhos.

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