Chega avança com moção de censura ao Governo
André Ventura quer fazer cair o executivo depois da polémica com a empresa imobiliária da família de Montenegro.
O Chega anunciou este domingo que vai avançar com uma moção de censura contra o Governo de Luís Montenegro, devido ao caso da empresa imobiliária da família do primeiro-ministro, revelado pelo CM.
“Não há mais tempo para olhar para o lado quando o PM é suspeito de ter negócios em áreas que está a legislar", afirmou o presidente do partido, André Ventura, acrescentando que quer "evitar que o ciclo de corrupção se propague.”
O líder do Chega apontou o dedo ao chefe do Governo, dizendo que o país não pode ter um primeiro-ministro “magnata dos negócios imobiliários” e que tem um “palácio em Espinho.” "Percebemos que estamos em roda-livre”, acrescentou.
Ventura recordou ainda o caso do novo secretário de Estado do Ordenamento do Território, Silvério Regalado, que fez ajustes diretos de mais de 200 mil euros com o escritório de advogados de Montenegro quando era presidente da Câmara de Vagos (entre 2013 e 2024). "Não há mais tempo para olhar para o lado quando o primeiro-ministro é suspeito de ter negócios em áreas que está a legislar ou nomear pessoas que tiveram consigo negócios de centenas de milhares de euros”, disse.
Esta é a primeira moção de censura contra o executivo de Luís Montenegro, mas o Chega já tinha tentado fazer cair outros governos. Em 2022 e em 2023, o partido de André Ventura apresentou uma proposta semelhante contra o executivo do PS de António Costa. Ambas foram chumbadas.
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