AD quer nova lei da greve e PS diz que é afronta à democracia
Greve na CP marca dia de campanha e acende debate entre Pedro Nuno Santos e Montenegro.
A greve dos trabalhadores da CP marcou o quinto dia de campanha. Luís Montenegro foi duro e considerou-a “injusta”, com critérios de natureza político-partidários. “O Governo tentou de tudo para evitar a greve com uma negociação muito intensa com os sindicatos”, disse, esclarecendo ainda: “Continuamos a trabalhar para minimizar o impacto na vida das pessoas.” O presidente do PSD quer alterar a lei, introduzindo “mecanismos que permitam uma conciliação entre o direito à greve e os outros direitos”.
“Francamente um dia vamos ter de por cobro a isto. Não quero com isto estar a ofender o direito à greve, mas há que ponderar todos os interesses que têm de ser assegurados por parte dos poderes públicos e de quem exerce este tipo de funções”, avisou, na Figueira da Foz, onde esteve com Pedro Santana Lopes. Na Covilhã, Pedro Nuno Santos não tardou a reagir, acusando o adversário de “autoritarismo”. “É inaceitável que um primeiro-ministro esteja incomodado com uma greve porque está em campanha”, afirmou o secretário-geral do PS, classificando a intenção da AD como “uma afronta contra à democracia”.
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