Albuquerque defende suspensão de AL em prédios de habitação coletiva no Funchal

O JPP, o maior partido da oposição no parlamento da Madeira, com 11 deputados, já anunciou que vai requerer uma "audição parlamentar urgente" à presidente da Câmara Municipal.

30 de julho de 2025 às 13:22
Miguel Albuquerque
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O presidente do Governo da Madeira defendeu esta quarta-feira que a Câmara Municipal do Funchal devia suspender o alojamento local em prédios de habitação coletiva e disse ser "completamente descabido" a emissão de licenças em edifícios a custos controlados.

"Toda a gente sabe que ninguém faz habitação cooperativa [...] para alojamento local", afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que os benefícios que as cooperativas auferem são públicos e visam resolver o problema da habitação.

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"Nós temos de resolver o problema da habitação", reforçou.

O chefe do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) falava à margem da inauguração da loja Continente Modelo, no concelho de São Vicente, na costa norte da ilha, onde reagiu à polémica sobre o licenciamento de frações para alojamento local (AL) num bloco de apartamentos construído com apoios públicos, no Funchal.

A autarquia funchalense é governada com maioria absoluta pela coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS-PP) e a situação do AL num bloco de habitação a custos controlados, inaugurado no final de 2024, foi inicialmente denunciada pelos vereadores sem pelouro da coligação Confiança, liderada pelo PS.

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"Acho que as câmaras têm de tomar decisões. Por exemplo, acho que, neste momento, no Funchal, era fundamental [...] suspender o alojamento local em prédios de habitação coletiva", defendeu.

Miguel Albuquerque considerou ainda ser "completamente descabido" e "completamente ilegal" comercializar alojamento local em prédios de habitação a custos controlados.

Na sequência deste caso, o JPP, o maior partido da oposição no parlamento da Madeira, com 11 deputados, já anunciou que vai requerer uma "audição parlamentar urgente" à presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, para pedir esclarecimentos, considerando que se trata de uma "subversão de um investimento que teve apoios públicos".

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